Tite e Marco Polo Del Nero vão se encontrar nesta quinta-feira para acertar os últimos detalhes antes do anúncio do ex-treinador do Corinthians como técnico da seleção brasileira. Os dois lados dão o acerto como fechado e impossível de ser desfeito, mas dizem que ainda falta uma última conversa antes do anúncio oficial.
Entre os detalhes a serem discutidos está o salário de Tite. Tempo de contrato não é algo em discussão, porque a CBF contrata seus funcionários pela CLT. O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, disse "estar puto" com a CBF pelo assédio a Tite, e afirmou que não tentou oferecer um aumento de salário ao treinador.
De acordo com o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, o fato de Tite ter assinado um manifesto que exigia a "renúncia definitiva" de Marco Polo Del Nero "não tem a menor importância". O documento, de autoria do Movimento Bom Senso FC, data de dezembro de 2015.
- Tite pode ter mudado de ideia. A conversa que nós tivemos aqui na CBF foi muito boa. Os dois lados saíram impressionados com o que ouviram - declarou Feldman sobre a reunião de três horas realizada na sede da confederação na noite de terça-feira. O técnico do Corinthians ainda não falou sobre o assunto.
Ao suceder Dunga, Tite levará para a seleção brasileira grande parte de sua comissão técnica no Corinthians. É certo que o auxiliar Cleber Xavier e o ex-gerente de futebol Edu Gaspar serão funcionários da CBF.
Tite vai assumir uma seleção em crise técnica numa CBF em crise de imagem. O Brasil está em sexto lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018 - portanto fora da zona de classificação. A estreia de Tite será em setembro, contra o Equador, em Quito.
Antes disso, a seleção brasileira vai disputar o torneio de futebol da Olimpíada. Mas, com a bênção de Tite, o treinador será Rogério Micale, que já havia dirigido o time nos amistosos de preparação.