29/06/2016 às 14h15min - Atualizada em 29/06/2016 às 14h15min

Aeroporto de MS que custou R$ 15,6 mi é invadido por mato e animais

O aeroporto de Porto Murtinho, cidade localizada na região sudoeste de Mato Grosso do Sul, vive uma situação de abandono. Inaugurado em 2009 com investimento de R$ 15,6 milhões da União e do governo estadual, o local foi liberado para operação somente em 2014, quando a Secretaria de Aviação Civil (SAC) homologou a estrutura e entregou a administração à prefeitura. O prefeito Heitor Miranda dos Santos (PT) nega o abandono e diz que os problemas são pontuais.

A área em torno da pista está tomada pelo mato alto. A única edificação instalada na estrutura e que serviria de apoio para quem chega ao local, já que o aeroporto não tem receptivo, está com várias telhas quebradas e uma parte da cerca caiu, possibilitando o acesso de animais à própria pista do aeródromo, o que acaba colocando em risco a vida de quem se aventura a pousar ou decolar do local.

A pista de pouso e decolagem do aeroporto é toda asfaltada. Tem 1.300 metros de comprimento e 30 metros de largura. O aeródromo não recebe nenhuma linha regular, a estrutura é utilizada somente para pouso de aeronaves particulares, e que representam menos de um voo por dia, pousando ou decolando do local.

De acordo com o portal G1, diante da facilidade de acesso e do pouco uso da estrutura que demandou um investimento milionário, alguns moradores da cidade chegam a usar a pista como pista de caminhada.

O prefeito de Porto Murtinho, Heitor Miranda dos Santos, negou ao portal que o aeroporto da cidade esteja abandonado. Segundo ele, o município paga duas pessoas para tomarem conta da estrutura e afirmou ainda que desconhecia o problema da queda da cerca no entorno do aeródromo, o que possibilitou a entrada de animais na pista.

O prefeito reconheceu, entretanto, que o aeroporto não é prioridade para o município. "Somos um município pequeno, não temos como cuidar do aeroporto, para isso precisamos de uma parceria com a iniciativa privada para transformar a estrutura em um aeródromo para o Mercosul, o que vai alavancar o turismo e a economia da região. Enquanto não conseguimos isso fica difícil. Temos que priorizar investimentos em áreas como saúde e educação", admitiu Heitor Miranda ao G1.


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