16/08/2016 às 16h24min - Atualizada em 16/08/2016 às 16h24min

STJ analisa pedido para libertar prefeito afastado e ex-primeira dama

Gilmar e Andreia Olarte foram presos em operação do Gaeco

Gilmar e Andreia Olarte na casa onde moram, em Campo Grande - Valdenir Rezende / Correio do Estado

A defesa do prefeito afastado Gilmar Olarte e da ex-primeira dama de Campo Grande Andréia Olarte, ambos do Pros, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar libertá-los da prisão.

O habeas corpus está com o ministro Antonio Saldanha Palheiro e foi protocolado pelo advogado João Carlos Veiga Junior às 10h05 de hoje.

Em síntese, a defesa alegou que ambos têm residência fixa, sempre estiveram à disposição da Justiça e nunca se ausentaram da cidade. "Esperamos um julgamento hoje, até porque eles foram detidos por mandado de prisão temporária (válido por cinco dias), o que exige urgência na apreciação", apontou João Carlos Veiga Junior.

Olarte e Andréia foram presos durante operação do Grupo Armado de Repressão do Crime Organizado (Gaeco), realizada ontem (15). Eles são investigados pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa.

O corretor de imóveis Ivamil Rodrigues e o empresário Evandro Farinelli também foram presos na mesma ação. Eles estariam relacionados em compra de imóveis durante a gestão de Gilmar Olarte na prefeitura de Campo Grande, entre março de 2014 e agosto de 2015.

A ex-primeira dama teria adquirido esses bens com suposto dinheiro desviado. O Gaeco começou a apurar esse caso depois de escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça no curso da Operação Coffee Break. Esse trabalho foi instaurado para verificar esquema de compra de vereadores para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP).

PASSOU MAL

Na madrugada de hoje, Andreia Olarte passou mal e precisou ser levada, escoltada, de cela da Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico (Denar) para hospital da Unimed.

Ela sentiu-se mal por volta das 18h30 de ontem com hipertensão arterial e sofrendo de nervosismo. A defesa dela tentou tranferí-la para unidade de saúde, mas o desembargador Júlio Roberto Siqueira Cardoso autorizou apenas que ela fosse medicada e retornasse à cela da Denar.

O cheiro das drogas apreendidas pela Denar teria contribuído para que a ex-primeira dama tivesse mal-estar.

Gilmar Olarte segue preso no Centro de Triagem de Campo Grande, onde ele mesmo já ficou detido anteriormente.


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