A greve deflagrada por profissionais da Educação de Dourados completa dois meses nesta terça-feira (23). Motivada por acordos de valorização profissional não cumpridos pelo prefeito Murilo Zauith (PSB), a paralisação afeta aulas de uma rede municipal de ensino com ao menos 28 mil estudantes matriculados.
Na segunda-feira (22), representantes do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados) participaram de uma reunião na Secretaria Municipal de Finanças. Nessa ocasião, foi reforçada a reivindicação para que a prefeitura pague a incorporação de 20% do Adicional de Incentivo ao Magistério Municipal, o 1/5, parte dos compromissos de adequação ao Piso Nacional, além da reposição da inflação ao grupo administrativo.
Embora essas pautas tenham feito parte de acordo firmado com o prefeito durante as greves de 2014, até hoje não foram colocadas em prática. Na manhã desta terça-feira, os educadores reuniram-se em assembleia na sede do Simted, data em que o movimento grevista completa dois meses.
Desde o início da greve, seguidos protestos foram feitos no Centro Administrativo Municipal, área onde fica o gabinete do prefeito. Numa dessas ocasiões, representantes do Imam (Instituto de Meio Ambiente de Dourados) chegaram a notificar os educadores por poluição sonora. Mas a mobilização desses trabalhadores manteve a força e a prefeitura passou a recebe-los para apresentar dados orçamentários e discutir a possibilidade de atendimento às reivindicações.
As negociações prosseguem, mas ainda não há definições sobre eventual acordo entre os trabalhadores da educação e a administração pública municipal.
