25/08/2016 às 10h02min - Atualizada em 25/08/2016 às 10h02min

Oficial é preso por flagra de maconha 'mocada' em base da Policia Miltar de Vista Alegre

- Mídia Max

Um oficial da PMMS foi preso na terça-feira (23) após 2,4 quilos de ​maconha serem flagrados 'mocados' em plena Base Operacional de Vista Alegre da PMRE (Polícia Militar Rodoviária Estadual). As informações iniciais são de que o tenente Cezar Alexandre Piccoli, que comanda a unidade, teria admitido a posse e dito que usaria a droga para fins medicinais, porém a defesa dele não quis comentar a versão.

Piccoli, que foi diretor-financeiro da Associação de Cabos e Soldados da PMMS, está sendo representado no caso pela assessoria jurídica da entidade. Segundo o advogado

Os autos já foram encaminhados ao juiz da auditoria militar. O tenente foi preso em flagrante pelo tenente-coronel Ailton Leonel Praiero, e na audiência de custódia a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva. Ele deve recorrer e pedir a liberdade provisória. “Ele não tem antecedentes e pelos crimes imputados não há exigência que ele responda em regime fechado”, declarou.

'Muito sério'

Extraoficialmente, policiais que trabalham ou já trabalharam com o tenente entraram em contato com a reportagem denunciado que o oficial poderia ter sido vítima de uma 'casinha', ou seja, flagrante armado. Píccoli é apontado como um oficial 'austero' e a pouca quantia de maconha encontrada faz os colegas duvidarem do envolvimento dele com tráfico de drogas.

"O cara tem um salário muito alto para se sujar num esquema assim. Dois quilos e meio a gente pega com mula que tenta passar droga por milão", diz um sargento da Polícia Militar que já foi comandado por Pícolli. "Ele é muito sério e chato por isso. Talvez uma inimizade ou um esquema que ele tenha atrapalhado lá em Vista Alegre explique isso aí", estranha.

A Base Operacional da Polícia Militar Rodoviária Estadual de Vista Alegre fica em ponto estratégico, por exemplo, para o combate à máfia cigarreira, que opera o transporte de cigarros trazidos ilegalmente do Paraguai.

Conforme o advogado de Piccoli, o tenente responderá pelos crimes qualificados nos artigos 290 e 324 do CPM (Código Penal Militar), que consistem em “Receber, preparar, produzir, vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer consigo, ainda que para uso próprio, guardar, ministrar ou entregar de qualquer forma a consumo substância entorpecente, ou que determine dependência física ou psíquica, em lugar sujeito à administração militar, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar” e “Deixar, no exercício de função, de observar lei, regulamento ou instrução, dando causa direta à prática de ato prejudicial à administração militar

Para o advogado, o que houve foi 'negligência'. “Ele foi acusado por ter sido negligente no exercício da função”, disse. Ele afirma ainda que havia porção de maconha armazenada no almoxarifado da base operacional, que deveria ter sido repassada para a Polícia Civil e, por ser comandante da base, o tenente foi preso.

O caso segue em investigação e o tenente está detido no Presídio Militar.


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