30/08/2016 às 08h01min - Atualizada em 30/08/2016 às 08h01min

Justiça de MS sequestra imóvel que teria sido comprado por Andréia Olarte

Em despacho na segunda-feira (29), o desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), determinou o sequestro de um imóvel localizado em um condomínio de Campo Grande, que teria sido comprado por Andréia Olarte, esposa do ex-prefeito Gilmar Olarte (sem partido).

Na decisão, Bonassini ainda tirou da relação de imóveis sequestrados um apartamento adquirido também pela ex-primeira-dama daCapital. Este não teria indícios de compra ilícita. O desembargador deu à defesa prazo de 15 dias para se manifestar em resposta escrita.

No mesmo despacho, o magistrado tirou o segredo de justiça dos autos em que foram denunciados o prefeito afastado e a esposa dele e ainda o corretor Ivamil Rodrigues de Almeida, o empresário Evandro Farinelli e a mulher dele, Christiane Farinelli.

De acordo com o G1, os advogados do casal Olarte entraram com recursos no Tribunal de Justiça e no Superior Tribunal de Justiça e aguardam decisão. A TV Morena não conseguiu informação sobre os outros três denunciados.

Os advogados que acompanhavam o corretor, o empresário e a esposa dele, renunciaram à causa e disseram desconhecer se novos profissionais foram contratados.

CRIMES

Investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) apontam que, com o dinheiro obtido por Gilmar Olarte por meio de corrupção na época em que ele era prefeito de Campo Grande, foram adquiridos diversos imóveis.

Documentos recolhidos ao longo das investigações e durante a operação Pecúnia, realizada no dia 15 de agosto, comprovam que foram gastos R$ 2.863.000 na compra de imóveis.

Conforme consta na denúncia, assinada pelo procurador-geral de Justiça Paulo Passos, os bens adquiridos totalizam R$ 4.190.500, mas as parcelas deixaram de ser pagas quando Gilmar Olarte deixou a prefeitura, com a recondução ao cargo do prefeito Alcides Bernal (PP) em agosto de 2015.

Para o MPE, essa situação é mais uma comprovação de que o dinheiro da corrupção na administração municipal estava sendo usado na compra de terrenos e casas. De acordo com a denúncia, que foi disponibilizada no site do TJ-MS na quarta-feira (24), os investigados montaram um esquema para a lavagem do dinheiro conseguido ilicitamente.


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