O sargento da Polícia Militar Carlos Alberto da Rocha, de 52 anos, há três anos é réu em processo judicial que tramita em São Gabriel do Oeste pela morte de adolescente de 17 anos.
Consta na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) que o policial caminhava pela rua quando o menor e um colega se aproximaram e perguntaram se ele era o Rochinha. Em seguida, a vítima levou a mão na cintura, dando a entender que estaria armada.
Carlos Alberto então passou a perseguir o adolescente, que entrou em uma casa e pediu que a moradora impedisse a entrada da pessoa que o perseguia, dizendo “o homem quer me matar”.
O adolescente se escondeu no corredor do imóvel, enquanto a proprietária tentou proibir a entrada do militar na residência, mas não conseguiu. Ao entrar na casa, Carlos Alberto justificou “dona, ele tem que morrer porque ele é um malandro”. Em seguida, se aproximou do menor e desferiu dois tiros contra ele.
No entendimento do MPE, o militar utilizou recurso que impossibilitou a defesa da vítima porque ela estava desarmada e tentando se esconder.
Na última peça protocolada pelo Ministério Público em 19 de julho deste ano, promotor de Justiça Daniel Higa de Oliveira, se manifestou no sentido de que “não sendo o caso de rejeição da denúncia e hipótese de absolvição sumária, requer seja designado dia e hora para a realização de audiência de Instrução e Julgamento, intimando-se para tanto as partes interessadas e testemunhas já arroladas”.
BRIGA NO TRÂNSITO
O sargento Carlos Alberto teve prisão preventiva decretada pela Justiça e continua detido no Presídio Militar de Campo Grande depois de matar o jovem João Victor Gomes Rosa, de 21 anos, em briga de trânsito na Avenida Barão do Rio Branco, no centro de Rio Verde, no último domingo (28).
O fato de o policial ter estacionado o carro e impedido o deslocamento do veículo do jovem desencadeou a briga.Testemunhas afirmaram à polícia que o sargento que estava de folga atirou de dentro do carro. Em seguida, fugiu.
Horas depois, militar se apresentou no quartel da cidade e foi encaminhado para a delegacia da Polícia Civil. Depois de ser ouvido, foi detido e encaminhado para o Presídio Militar na Capital.
