Agentes penitenciários de todo o Estado aderiram a paralisação nacional de 24 horas na próxima quarta-feira (15). O protesto é contra a reforma da previdência e constitucionalização da carreira do servidor penitenciário.
Os servidores reuniram-se nesta quinta-feira (9) em assembléia geral extraordinária, no Sinsap-MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), onde decidiram pela adesão.De início, a Greve Geral foi anunciada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). Na ocasião foi apresentada ainda as diretrizes do Sinsap- MS e da Fenaspen (Federação Sindical Nacional dos Servidores Penitenciários). Após a assembleia, os trabalhadores realizaram um manifesto no Centro de Campo Grande.
Em assembléia, os servidores decidiram por meio de votação aderir à mobilização nacional de 24 horas. Segundo o sindicato, "se trata de um momento histórico para todo o país, como forma de chamar a atenção do governo Federal sobre a Reforma da Previdência e também para pressionar a Câmara dos Deputados a colocar a PEC 308 em votação".
“A PEC 308 irá tornar a profissão do Agente Penitenciário constitucional, fazendo com o que o servidor penitenciário seja inserido no artigo 114 da constituição, o que será um marco para nossa categoria”, explica o diretor jurídico da Fenaspen, Afonso Blan.
Já em relação a PEC287 o presidente do Sinsap André Luiz Santiago, enfatiza que a mudança para o agente penitenciário é desastrosa. “Nossa expectativa de vida é de 45 anos, como vamos nos aposentar aos 65? Como um idoso terá vitalidade física para garantir a segurança dentro de um Sistema Penal, que é falido e não oferece nenhuma estrutura, onde a massa carcerária tem faixa etária de 20 anos é humanamente impossível”, destaca.Além de Mato Grosso do Sul, outros 22 estados aderiram a paralisação.
