15/03/2017 às 06h50min - Atualizada em 15/03/2017 às 06h50min

Irmão de Pavão, chefe do tráfico da Tríplice Fronteira é executado em MS

Executado no momento em que saía de uma academia

Ronny Chimenes Pavão, 38, irmão do traficante Jarvis Chimenes Pavão, foi executado a tiros no início da noite desta terça-feira (14) no Centro de Ponta Porã, cidade a 314 quilômetros de Campo Grande. Ronny saía de uma academia por volta das 18 horas, quando foi assassinado a tiros de pistola 9mm. A Polícia Militar e Civil estão no local.

O irmão de Ronny, Jarvis Pavão, é considerado o chefe do tráfico de drogas na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

Jarvis que está preso em Assunção (Paraguai), chegou a ser acusado da morte de Jorge Rafaat Toumani, narcotraficante assassinado em uma emboscada em junho do ano passado, em Pedro Juan Caballero. Ele foi absolvido em novembro do ano passado pelo juiz federal Odilon de Oliveira.

Pavão cumpre pena de oito anos de prisão no Paraguai por tráfico de drogas. Já havia sido condenado no Brasil a 17 anos de cadeia por lavagem de dinheiro, mas fugiu para o país vizinho, onde foi detido em 2009.

Quando cumpria pena no Presídio de Tacumbu em Assunção, capital do Paraguai, o brasileiro, tido como chefe do tráfico de drogas na região da Tríplice Fronteira, ostentava instalações luxuosas.

A situação foi descoberta pela polícia paraguaia ao fazer buscas na cela neste ano. A cela, de três cômodos, contava com sala de reuniões, TV de plasma, biblioteca e cozinha. Depois disso, o brasileiro foi transferido para uma unidade de segurança máxima de Assunção.

Morte Rafaat

Pavão foi apontado como um dos suspeitos de encomendar a morte do empresário Jorge Rafaat, no dia 15 de junho, de 2016. Ao sair de seu escritório em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com o Mato Grosso do Sul, Rafaat foi atacada por um grupo de pessoas fuzis AK 47 e Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.

No local, além de centenas de cápsulas de projéteis, a polícia também encontrou armas de grosso calibre, tais como fuzis e 50, todos de posse militar, que furaram a blindagem do Jipe Hummer, do mesmo modelo utilizado pelo exército dos Estados Unidos. Nele, estava Jorge Rafaat Toumani, vítima fatal. Vários outros ficaram feridos, dentre eles um policial identificado como Jorge Espindola.


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