29/03/2017 às 13h00min - Atualizada em 29/03/2017 às 13h00min

Denúncias de nepotismo investigadas pelo MPE podem derrubar diretor do Detran

Apuração do Ministério Público já resultou na exoneração de dois servidores

- Correio do Estado
No órgão, trabalham parentes de pessoas em cargos de chefia - Valdenir Rezende/Correio do Estado

As denúncias de nepotismo praticado por diretores desestabilizam a atual gestão do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS). A irregularidade, constatada após investigação do Ministério Público Estadual (MPE) que resultou na exoneração de dois servidores, reforça uma possível substituição do atual diretor-presidente, Gerson Claro. Segundo informações apuradas pelo Correio do Estado, o ex-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Ademar Silva Júnior, é cotado para assumir o órgão.

Gerson Claro está à frente do Detran-MS desde janeiro de 2015. De lá para cá, o diretor-presidente enfrenta constantes denúncias de nepotismo. Uma delas, manifestada na ouvidoria do MPE, motivou recomendação da 29ª Promotoria de Justiça de Campo Grande para exonerar três servidores do órgão. 

Sobrinho de Claro e em cargo de comissão, Lucas Bernardo Barbosa Marques foi afastado do quadro de funcionários do Detran-MS, em dezembro de 2016, após a recomendação. Segundo consulta à última atualização disponível no Portal da Transparência do Governo do Estado, ele recebia salário de R$ 3.442,97. Anette de Castro Muniz, cônjuge do servidor efetivo Marcelo de Almeida Soares, também foi exonerada do cargo comissionado no departamento. Seus rendimentos somavam R$ 2.328,22. Já Fernanda Stella Okumoto, servidora pública aprovada em concurso e casada com o também servidor Luiz Fernando Ferreira dos Santos, permaneceu no Detran-MS, mas foi dispensada de função gratificada. Ela ganha R$ 4.017,45.


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