05/05/2017 às 14h56min - Atualizada em 05/05/2017 às 14h56min

Monitora coloca crianças de 3 e 4 anos de castigo em parque de diversões e revolta avó

Idosa pagou R$ 180 para os netos brincarem no espaço de lazer em um shopping da Capital

A auxiliar administrativo Dinalva de Morais enfrentou uma situação “surreal” ao deixar os netos em um local para recreação em um shopping de Campo Grande. Após pagar o valor de R$ 180 por quase duas horas de serviços, ela foi informada por uma das monitoras que os meninos, de 2 e 3 anos, teriam sido postos de castigo, pois teriam “brigado entre si”.

A situação revoltou a avó, que saiu bastante revoltada do lugar. “Levei meus dois netos na loja de recreação do shopping. Quando retornei para pegá-los, o valor ficou em R$ 180. Até estranhei, mas o preço salgado, segundo a atendente, é porque era sábado. No entanto, me surpreendi quando ela disse que teve que deixar meus netos de castigo porque eles estavam brigando, foi uma situação surreal”, afirmou.

Segundo ela, a revolta ficou maior quando refletiu sobre o assunto. “Não falei nada para brigar porque fiquei bastante nervosa, mas ela poderia ter me ligado, porque as crianças brigaram entre si, quais irmãos ou primos não brigam? Poderiam conversar com as crianças, caso continuasse o desentendimento, colocava para brincar em lugares diferentes ou melhor, ligava para mim que eu ia correndo. Eu amo meus netos. Pego sexta e só devolvo domingo e, quando tem feriado, fico com eles também. Eu fiz um investimento na felicidade deles, era para eles se divertirem, não era para brigar, muito menos ficar de castigo”, apontou.

Discussão

O caso gerou discussões no próprio grupo, que questionou sobre a educação das crianças, porém, entre os debatedores, o consenso é que as crianças tinham sido levadas para brincar e não ficarem de castigo. “Eu paguei bem caro para os meus netos brincarem, e uma pessoa que não é próxima de nós, nem conhecida da família se sentiu no direito de puni-los e colocá-los de castigo”, indignou-se ao fazer a reclamação no grupo de Facebook “Aonde não ir em Campo Grande”.

Durante as ‘opiniões’, alguns afirmaram que as crianças não seriam educadas, situação que foi refutada por outras mães, já que nestes locais os responsáveis deixam o número de contato caso ocorra algum imprevisto.

“Pagar 180,00 para as crianças ficarem de castigo, eu nunca vi falar. A questão é a seguinte, esses lugares devem ser preparados para todo tipo de crianças as educadas e as não educadas, até porque precisa ver o que de fato os meninos fizeram, é muito subjetivo”, afirmou Nadia Hassan. Na opinião dela, os estabelecimentos que cuidam de criança tem que ter preparo para resolver conflitos. “E não gerar conflitos, e pai, mãe, e avós jamais irão admitir que os de fora corrijam seus filhos e netos, o ideal seria eles ligarem e pedirem o comparecimento de algum familiar no caso a avó que os deixou lá, é muito fácil falar de filhos quando não os têm. Eu faria diferente e fica só nas palavras, quando a realidade se apresenta e vem junto com sentimentos de amor como esse a conversa é outra”, opinou.

A reportagem tentou contato com a empresa via assessoria, porém até o fechamento desta matéria não havia sido enviada resposta. 


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