03/07/2017 às 07h03min - Atualizada em 03/07/2017 às 07h03min

Com segurança em crise, MS tem quase mil roubos por mês em 2017

Aumento foi apenas de 2% em relação ao ano passado, mas isso não quer dizer que o número seja baixo

Com a segurança em crise, Mato Grosso do Sul registra quase mil roubos por dia. Isto sem contar os furtos e as tentativas. Apesar do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarar diversas vezes que o colapso econômico que o país enfrenta não iria afetar a segurança pública, na prática, não é o que acontece, já que os policiais civis estão acampados há mais de 20 dias em frente à Governadoria em busca de melhores condições de trabalho.

Em Campo Grande, nos seis primeiros meses de 2017 foram registrados 3.502 roubos, número maior que o somado todas as cidades do interior do Estado, que totalizou 2.198. Ao todo foram 5.700 crimes de roubos, ou seja, quase mil por mês.

O número cresceu apenas 2% em relação ao mesmo período do ano passado, que somou 5.586 roubos. Mesmo com o pequeno aumento, não que dizer que a quantidade desse tipo de crime seja pequena.

Em 2017, os números de furtos também tiveram um pequeno aumento. Neste ano, nos seis primeiros meses foram 19.752 crimes. Na mesma época de 2016, haviam sido registrados 19.058 furtos.

Não é de hoje que os policiais reclamam das condições de trabalho, seja pelo salário, falta de ferramentas básicas para os serviços e até as péssimas condições dos veículos e das delegacias.

Um exemplo de crise na segurança é o acampamento como forma de protesto dos policiais civis, que estão no local há quase um mês. Conforme divulgado no site da categoria, eles protestam pacificamente contra o governo do Estado que não cumpriu os compromissos firmados com a classe desde o ano de 2014, destacando-se o reposicionamento salarial entre os cinco melhores do país e o plano de carreira.

O Sinpol-MS montou uma escala de revezamento no acampamento para que o atendimento à população nas delegacias não seja prejudicado. “Estão participando colegas da capital e do interior demonstrando o seu descontentamento. Somente sairemos daqui quando o governador apresentar uma proposta que atenda a reivindicação da categoria”, destacou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda.

O grupo está preparado para passar mais dias no local com tendas, barracas, banheiros químicos, gerador de energia elétrica e uma pequena cozinha.


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