Delegado regional da Polícia Civil pede cuidado na hora de negociar carro pela internet (Foto: O Progresso)Mais dois moradores de Mato Grosso do Sul foram vítimas de golpistas que utilizam classificado online para anunciar carros que não existem, abaixo do valor de mercado. As denúncias foram feitas à Polícia Civil em Dourados.
Um estudante de 23 anos procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para denunciar que foi sido vítima de um golpista que anunciava um carro na OLX.
Ele negociou a compra de um Fiat Uno por R$ 10 mil e efetuou dois depósitos, de R$ 7.800 e de R$ 900, mas o carro não foi entregue e o estudante nunca mais conseguiu falar com o suposto vendedor.
A outra vítima foi um comerciante de 26 anos, enganado pelo mesmo golpista. Ele depositou R$ 1 mil como parte do pagamento de um carro que nunca foi entregue. Em fevereiro deste ano, uma moradora de Campo Grande perdeu R$ 3,7 mil ao tentar comprar um Onix em um classificado online.
Na semana passada, o Campo Grande News mostrou que dois Corsas, um branco e um vermelho, estavam sendo anunciados por R$ 4.990 – quase a metade do valor de mercado. Um morador de Naviraí chegou a negociar com os golpistas.
A reportagem entrou em contato com a pessoa que anuncia um Corsa branco ano 98 por R$ 4.990, mas a vendedora relutou em mostrar o carro. Após a reportagem ser divulgada, o anúncio foi retirado do site.
Polícia – O delegado regional da Polícia Civil em Dourados, Lupérsio Degerone, pede cuidado na hora de negociar a compra de um veículo pela internet.
“Tanto o comprador quanto o vendedor tem que adotar certos cuidados. Marcar encontro pessoal, pedir para um amigo ou parente acompanhar, efetuar o pagamento somente após ver o carro e checar sua procedência. Entregar o carro somente após conferir o valor total combinado e ter cuidado com o chamado golpe do depósito com envelope vazio”, orientou.
Segundo ele, como o primeiro contato ocorre por celular ou internet, é importante finalizar a negociação pessoalmente. “Sempre que possível, tire foto de forma discreta do outro negociador, pode ajudar numa eventual investigação”.
