03/10/2017 às 07h45min - Atualizada em 03/10/2017 às 07h45min

Contrato de aluguel de prédio do MPE-MS custará R$ 4,8 milhões em 60 meses

Custo mensal é de R$ 80 mil

O MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) divulgou no Diário Oficial do órgão da sexta-feira (29) o extrato do contrato de aluguel do prédio no Bairro Miguel Couto com custo mensal de R$ 80 mil. A contratação tem duração de 60 meses, e, nestes cinco anos, o órgão prevê desembolsar quase R$ 5 milhões.

O imóvel é da Multiplik Empreendimentos Imobiliários Ltda, empresa de Wilson Souza Fontoura. Exatamente como antecipado meses atrás ao Jornal Midiamax por corretores e empresários do setor imobiliário. A contratação foi feita pelo MPE-MS com dispensa de licitação e publicada antes do término da obra.

"Todo mundo já sabe que o prédio lá foi acertado para eles mesmos e a maior prova é que vão acabar ficando lá mesmo. É só vocês esperarem", previa um corretor de imóveis já no começo do ano. O Ministério Público Estadual, no entanto, rebate as suspeitas de direcionamento.

Segundo a Promotora de Justiça Bianka Karina Barros da Costa, secretária-geral do órgão, o processo que dispensou a licitação corre desde 2014 e tudo foi feito dentro da lei. Na época, a gestão do órgão era feita pelo então procurador-geral de Justiça Humberto de Matos Brittes, pelo secretário-geral Rodrigo Stephanini e por Paulo Cezar dos Passos, que era chefe de gabinete de Brittes e agora é o procurador-geral de Justiça.

O Jornal Midiamax usou a Lei de Acesso à Informação para solicitar acesso integral ao processo, que deve ter uma cópia fisicamente liberada para a reportagem até esta terça-feira (3). Empresários que 'avisaram' sobre a suspeita de direcionamento no processo antes mesmo de ele estar terminado reclamam da falta de publicidade dada à seleção.

Apesar de o procedimento ser datado de 2014, no Diário Oficial do MPE-MS, a primeira referência encontrada ao processo de seleção por busca acessível ao público aparece apenas em agosto de 2016, imediatamente após Bianka da Costa assumir o cargo de secretária-geral no lugar do também promotor Marcos Alex Vera de Oliveira.


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