Com uma baixa de nove médicos e mais duas previstas para abril, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) está correndo risco de paralisar os atendimentos prestados à população douradense.
De acordo com denúncia apresentada ao Dourados News, nove médicos já deixaram o atendimento de urgência médica nas ruas e agora os que restaram estão assumindo sobrecarga de trabalho para impedir prejuízo ao serviço.
Segundo o coordenador da unidade de saúde, Jonny Alisson Santana, cerca de três médicos que tiveram contrato expirado trabalharam durante 20 dias de graça apenas para não interromper a qualidade dos atendimentos.
Apesar de depender de qualificações específicas para o serviço de urgência e emergência nas ruas, informações com o administrativo do Samu apontam que médicos da rede pública estão sendo chamados para cumprir plantões no pronto atendimento.
Ainda segundo o departamento, os contratos não estão sendo renovados com os médicos especializados ao Samu para se encaixar na Lei de Responsabilidade Fiscal.
O coordenador da unidade também informou que, “se a situação não mudar pode haver a paralisação do atendimento ainda nesta semana”.
Ao todo, a unidade contava com 16 médicos divididos em escalas diárias. Com a perda dos nove primeiros, agora o Samu conta apenas com sete profissionais e em abril mais dois devem ter o contrato finalizado restando apenas cinco médicos.
O Dourados News tentou contato com o secretário municipal de saúde através de ligação, mas não obteve retorno.
Em fevereiro deste ano, a prefeita Délia Razuk explicou que por causa do inchaço no funcionalismo público, a gestão foi submetida a estar cumprindo as medidas que determinam a Lei de Responsabilidade Fiscal.
A intensão da chefe do executivo é que o Ministério Público dê aval para novas contratações, principalmente de médicos para lotá-los nos postos de saúde.
O município precisa até abril, reduzir 1/3 do excedente e até o final do ano para alcançar o teto legal, sob pena de Délia Razuk incorrer em improbidade administrativa.
Atualmente as despesas do funcionalismo beiram R$ 30 milhões mensais.