14/03/2018 às 14h00min - Atualizada em 14/03/2018 às 14h00min

Samu perde médicos e pode paralisar atendimento em Dourados

O motivo é a Lei de Responsabilidade Fiscal que impede a prefeitura de contratar e renovar contrato com os profissionais

Segundo o coordenador, “se a situação não mudar pode haver a paralisação do atendimento ainda nesta semana” - Crédito: Guilherme Pires

Com uma baixa de nove médicos e mais duas previstas para abril, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) está correndo risco de paralisar os atendimentos prestados à população douradense. 

De acordo com denúncia apresentada ao Dourados News, nove médicos já deixaram o atendimento de urgência médica nas ruas e agora os que restaram estão assumindo sobrecarga de trabalho para impedir prejuízo ao serviço. 

Segundo o coordenador da unidade de saúde, Jonny Alisson Santana, cerca de três médicos que tiveram contrato expirado trabalharam durante 20 dias de graça apenas para não interromper a qualidade dos atendimentos. 

Apesar de depender de qualificações específicas para o serviço de urgência e emergência nas ruas, informações com o administrativo do Samu apontam que médicos da rede pública estão sendo chamados para cumprir plantões no pronto atendimento.

Ainda segundo o departamento, os contratos não estão sendo renovados com os médicos especializados ao Samu para se encaixar na Lei de Responsabilidade Fiscal. 

O coordenador da unidade também informou que, “se a situação não mudar pode haver a paralisação do atendimento ainda nesta semana”. 

Ao todo, a unidade contava com 16 médicos divididos em escalas diárias. Com a perda dos nove primeiros, agora o Samu conta apenas com sete profissionais e em abril mais dois devem ter o contrato finalizado restando apenas cinco médicos. 

O Dourados News tentou contato com o secretário municipal de saúde através de ligação, mas não obteve retorno. 

Em fevereiro deste ano, a prefeita Délia Razuk explicou que por causa do inchaço no funcionalismo público, a gestão foi submetida a estar cumprindo as medidas que determinam a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A intensão da chefe do executivo é que o Ministério Público dê aval para novas contratações, principalmente de médicos para lotá-los nos postos de saúde.

O município precisa até abril, reduzir 1/3 do excedente e até o final do ano para alcançar o teto legal, sob pena de Délia Razuk incorrer em improbidade administrativa.

Atualmente as despesas do funcionalismo beiram R$ 30 milhões mensais.


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