16/05/2018 às 11h07min - Atualizada em 16/05/2018 às 11h07min

Ação do Gaeco mira policiais corruptos em 14 cidades de MS

Ao todo, serão cumpridos 45 mandados de busca e outros 21 de prisão

- CORREIO DO ESTADO
A Operação Oiketikus, deflagrada no início da manhã desta quarta-feira (16) em 14 cidades de Mato Grosso do Sul, mira policiais militares corruptos envolvidos com a Máfia do Cigarro. Oiketikus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.

O Campo Grande News teve a confirmação de fonte do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), a “tropa de elite” do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), de que a força-tarefa é resultado de investigação do envolvimento de policiais com o contrabando de cigarros.

Depois da prisão, policiais fazem a guarda do caminhão com cigarro que foi pivô de tudo. (Foto: Nyelder Rodrigues)Sequestro e propina – Episódio descoberto no dia 1º de dezembro do ano passado, envolvendo a cobrança de R$ 150 mil para liberar carga de cigarro contrabandeado avaliada em R$ 1 milhão, colocou sete militares do 10º Batalhão da PM de Campo Grande na mira da Corregedoria, que também está à frente da operação de hoje. O Campo Grande News foi o primeiro a divulgar o ocorrido.

Em 22 de dezembro, o juiz da Auditoria Militar, Alexandre Antunes, recebeu a denúncia do Ministério Público contra o terceiro sargento Alex Duarte de Aguir, de 38 anos, os cabos Rafael Marques da Costa, de 28 anos, Eduardo Torres de Arruda, 37 anos, João Nilson Cavanha Vilalba, 40 anos, Felipe Fernandes Alves, 31 anos, e os soldados Lucas da Silva Moraes, 28 anos, e Walgnei Pereira Garcia, de 34 anos.

Baseada na investigação da Corregedoria, feita com apoio do Gaeco, ainda segundo apurou o Campo Grande News, a denúncia da promotora Renata Ruth Fernandes Goya Marinho indica que os policiais usaram uma viatura da corporação para sequestrar o motorista de um caminhão-baú carregado de cigarros vindo do Paraguai, por volta das 9h do dia 1º de dezembro.

O motorista ficou em poder dos policiais até 19h40 daquele dia quando foi armado um flagrante, com a colaboração de um homem chamado Fábio Garcete, que já foi preso por contrabando de cigarros e denunciou a cobrança para liberar a carga.

Em abril deste ano, a Operação Homônimo, da PF (Polícia Federal) de Sorocaba e com mandados em Mato Grosso do Sul, prendeu Ednaldo Sebastião da Silva, apontado como um dos chefes de quadrilha de cigarreiros que atuam no Estado e em outras localidades.

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