25/07/2018 às 09h59min - Atualizada em 25/07/2018 às 09h59min

Diretor é afastado e investigado após cinco denúncias de estupro em escola estadual de MS

Crimes aconteciam desde 2017, mas só foram denunciados em maio

- MÍDIA MAX

Após várias denúncias de estupros cometidos contra alunos de uma escola estadual da cidade de Cassilândia, um diretor de 53 anos foi afastado de suas atividades.

Os estupros teriam começado em novembro de 2017 quando dois irmãos, de 9 e 13 anos, relataram aos pais o que estava acontecendo. Os irmãos contaram que o diretor da escola costumava levá-los para uma sala, trancar o lugar e abaixar o short das crianças e passar a mão em seus órgãos genitais.

O Conselho Tutelar da cidade foi procurado na época, mas a denúncia e o registro do boletim de ocorrência só foram feitos em maio deste ano. Segundo o boletim de ocorrência registrado na delegacia da cidade, o Conselho Tutelar justificou a demora em denunciar o caso dizendo que o diretor é uma “pessoa influente”. O órgão explicou que esperou o “momento oportuno” para que a denúncia fosse feita.

Esse momento oportuno veio quando a mãe de outra criança procurou o Conselho para relatar a mesma situação. Ao todo foram registrados cinco boletins de ocorrência contra o diretor.

Uma criança de 9 anos também relatou ter sido vítima do diretor. Ela disse que ele a agarrava pelas costas, a levava para uma sala e passava a mão em seus órgãos genitais. Foi a avó do menino quem registrou o boletim de ocorrência. O neto teria dito que não contou o que estava acontecendo antes por vergonha.

A última denúncia foi registrada no dia 29 de junho e tem como vítima um menino de 12 anos. O garoto contou que foi retirado da sala de aula pelo diretor, que o levou para uma sala e o trancou lá. Em seguida, ele mandou que o menino abaixasse o short para ver se ele tinha alguma doença.

Após abaixar o short, o diretor passou as mãos em seu órgão genital, afirmando que ele não tinha doença e o liberou em seguida. Segundo a escola, o diretor foi afastado de suas atividades.

O Jornal Midiamax tentou falar com o delegado que está investigando o caso, mas não conseguimos através de ligações.

Procuramos o Conselho Tutelar para comentar a demora na denúncia dos crimes, mas não obtivemos retorno até a publicação desta reportagem.


Link
Notícias Relacionadas »