23/10/2018 às 15h30min - Atualizada em 23/10/2018 às 15h30min

Justiça manda coligação de Odilon tirar do ar propaganda considerada falsa

- DOURADOS NEWS
A Justiça Eleitoral determinou nesta terça-feira (23/10) que a coligação Esperança e Mudança, do candidato ao governo Odilon de Oliveira (PDT), retire da internet e do horário eleitoral gratuito, propaganda onde ele se posiciona isento de qualquer tipo de investigação por parte dos órgãos competentes. 

O pedido foi realizado pela Coligação Avançar com Responsabilidade, encabeçada pelo PSDB do atual governador e candidato à reeleição, Reinaldo Azambuja, e concedido tutela de urgência até que seja julgada a representação de direito de resposta sob pena de multa no valor diário de R$ 5 mil por descumprimento. 

De acordo com os advogados do representante, no dia 21 de outubro, durante o horário destinado à veiculação de inserções do postulante ao cargo pelo PDT, em pelo menos seis emissoras de rádio, foi divulgada propaganda eleitoral com informações que, segundo eles, seriam falsas. 

Em textos lido pelos locutores, as menções levam a um paralelo entre o juiz aposentado Odilon de Oliveira e o candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL). Logo depois, o nome de Reinaldo é citado como o único entre os três a ser investigado pela Justiça.

Na decisão, foram anexadas algumas matérias publicadas pela imprensa sul-mato-grossense citando ações contra o pedetista e também o pedido por parte da Procuradoria Regional Eleitoral à Polícia Federal no dia 5 de setembro, para que o juiz aposentado fosse investigado pelas acusações feitas pelo ex-assessor dele, Jedeão de Oliveira.

O fato diz respeito ao desaparecimento de R$ 11 mi da 3ª Vara Federal de Campo Grande, comandada por Odilon. 

Também é usada como justificativa o fato da mensagem poder “levar o eleitor a acreditar na inexistência de qualquer investigação em face do candidato Juiz Odilon, quando a realidade dos fatos seria outra”.

Por fim, para embasar a decisão, o juiz aponta que a propaganda ‘não tratou, somente, de mera crítica ao atual governador, o que seria legítimo, mas, em análise preliminar, tenta passar ao eleitor informação que não corresponde à verdade, o que deve ser combatido por esta justiça especializada”.

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