29/01/2019 às 10h53min - Atualizada em 29/01/2019 às 10h53min

Bancada do MBD discute substituto de Simone e candidato à presidência do Senado

Disputa entre ela e Renan Calheiros segue acirrada

Vivendo um racha, graças ao impasse entre a candidatura do veterano Renan Calheiros (AL) e da sul-mato-grossense Simone Tebet, a bancada do MDB decide, nesta terça-feira (29), a partir das 15 horas, quem será o candidato da sigla à presidência do Senado.

A bancada também discute nova composição da Mesa Diretora e eventuais cargos, além da liderança do partido, posto atualmente ocupado por Simone.

A três dias da eleição que define quem tocará a Mesa Diretora da Casa de Leis, na legislatura prestes a se iniciar, o alagoano continua negando interesse em voltar a ocupar o cargo, mas segue articulando sua candidatura nos bastidores.

Simone, por outro lado, depois de muito mistério, anunciou seu nome publicamente e garantiu “ter votos suficientes para não passar vergonha”, sem revelar o real número. Os concorrentes precisam ter a maioria dos 13 votos da bancada para alavancar a candidatura.

Tebet também chegou a afirmar que, se entendesse necessário para o partido, poderia lançar candidatura avulsa, o que desagradaria o grupo de Renan. Ela defende declaração de voto aberto, mas o regimento interno da Casa prevê que seja secreto.

Onyx interfere nas prévias do MDB

Ela acusa a equipe do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), de tentar interferir nas prévias do MDB. Simone Tebet acusa membro da equipe do Onyx, Leonardo Quintão, de tentar convence-la a não entra na briga pelo cargo.

Diante da recusa inicial do Governo Federal de “caminhar” com Renan, ela disse que conversou com Onyx sobre um “plano B ou C”, mas tempos depois, Quintão, veio até ela, “pedindo desculpas” pela escolha do governo, do democrata Davi Alcolumbre.

Ele tentou me dissuadir, inclusive, de ser candidata na minha bancada”, afirma. Eu disse: “Olha, faz de conta que você não falou isso. Eu faço de conta que não escutei. Se eu tiver de ser presidente, eu sou presidente pela minha bancada. É meu partido que vai me indicar”.

Simone disse que é impossível ter um projeto de país saudável “com um partido (DEM) que quer comandar tudo”, desde presidente do Senado, a Câmara a Casa Civil e outros ministérios. “Daqui a pouco, vão querer mandar no presidente da República”, ironiza.


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