26/03/2019 às 08h56min - Atualizada em 26/03/2019 às 08h56min

Polícia vistoria celular de filha de PM que atirou na cabeça com arma do pai em MS

A informação é que ela assistia a algum conteúdo momentos antes de pegar arma

A Polícia Civil conseguiu acesso ao celular da menina de 11 anos, filha de policial militar, que morreu após atirar contra a própria cabeça com a arma do pai em Mundo Novo, distante 436 km de Campo Grande. A informação é que ela assistia a algum conteúdo momentos antes de pegar a arma.

De acordo com as informações da delegada Allana Mariele, a Justiça autorizou o acesso na última sexta-feira (22). “Já iniciamos a análise, por enquanto nada foi encontrado”, informou Allana. Além do celular, o computador da menina foi apreendido e é periciado.

A mãe da menina já prestou depoimento na delegacia e informou que a filha não apresentou comportamento estranho nos dias anteriores ao fato. O pai da criança ficou em choque e continua internado em um hospital da cidade.

A polícia ouviu a pedagoga da escola que a menina estudava, desde 2011. A mulher também relatou que a criança não apresentou mudança de comportamento. “Sempre foi uma menina tímida e quieta, com notas excelentes”, afirmou a delegada. Os conteúdos são vistoriados, já que a morte da menina coincide com rumores que circularam na internet sobre a veiculação de vídeos com desafios suicidas usando a figura da ‘boneca Momo’.

O caso

No último 17 de março, os pais da criança estavam na cozinha e a filha assistindo vídeos no celular. Ela foi chamada pelos pais, mas não apareceu na cozinha, momento que ouviram o disparo. A menina foi encontrada caída no chão do quarto com a arma do militar ao lado do corpo.

A menina usou a arma particular do pai, policial militar, para fazer o disparo. Segundo a polícia, o armamento estava guardado em uma gaveta junto com a pistola funcional do policial, mas a gaveta não estava trancada, de fácil acesso à menina.

Um caderno com mensagens de descontentamento também foi levado pela polícia para passar por análise. “Eram mensagens de brigas familiares, afastamento de colegas, mas ainda não foi confirmado se a caligrafia seria da menina”, disse a delegada.
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