22/04/2019 às 08h37min - Atualizada em 22/04/2019 às 08h37min

Falso policial federal enganou cigarreiros e até o Ministério Público em MS

O homem passou dois anos, fingindo ser um agente da Polícia Federal

- G1
O homem passou dois anos, fingindo ser um agente da Polícia Federal, inclusive com um disfarce completo: uniforme, colete, armas e nome falso. Ele exigia dinheiro de contrabandistas para, em tese, “liberar” carretas que transportavam cigarros importados ilegalmente.

Em um dos episódios, o falso policial federal mentiu para os contrabandistas, dizendo que evitaria a realização de operação policial. Ele disse que precisaria de R$ 1 milhão para subornar autoridades. Os criminosos acreditaram e pediram o número da conta, mas ainda não se sabe se o depósito teria sido efetuado.

A reportagem revela ainda que além de extorquir os contrabandistas, o falso policial federal chegou a enganar até mesmo do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.

Segundo os investigadores, o falso policial federal cometeu um erro que foi fundamental pra desvendar todo o esquema. Em um posto de combustíveis de MS, ele o irmão gêmeo abordaram e pediram a identificação de dois homens.

O problema é que esses dois homens eram do serviço de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles passaram a ser monitorados e acabaram presos em fevereiro deste ano.

Durante as investigações, foi apurado que o falso policial federal possuía carros e motos avaliados em mais de R$ 450 mil. Quando não estava se passando por policial, o homem trabalhava normalmente na Prefeitura de Dourados, onde atuava como fiscal há 15 anos e recebia um salário de R$ 6.191,00.

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