19/11/2019 às 14h23min - Atualizada em 19/11/2019 às 14h23min

Porto Murtinho entra em situação de emergência por conta de erosão em barragem

No último dia 28, parte da barragem caiu e foi interditada pela Defesa Civil

- CORREIO DO ESTADO
Pouco menos de um mês depois de parte da parede do dique de proteção ceder por conta da força do Rio Paraguai e de erosões, o Governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência em partes da área urbana de Porto Murtinho, em decreto especial, publicado nesta terça-feira (19) no Diário Oficial do Estado (DOE).

Segundo informações do próprio governo, no dia 28 de outubro, parte da parede na parte contínua à estrutura do dique de proteção contra cheias cedeu por conta da força da água. “Não houve novos desabamentos desde então, mas apareceram rachaduras”, explicou gerente de logística da Defesa Civil, tenente Landis Dorneles Pereira.

Segundo o decreto, com a chegada do período de chuvas pode haver o agravamento da situação, “o que pode colocar em risco toda a população do Município, bem como causar possíveis prejuízos ao tráfego de embarcações”.

A situação de emergência tem prazo de 180 dias e todos os órgãos estaduais estão autorizados a atuar, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), nas ações de resposta ao problema.

Também será possível, se necessário, a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e a realização de campanhas de arrecadação de recursos perante a comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população eventualmente afetada.

Com a publicação do decreto, o processo para aquisição de recursos, para fazer o diagnóstico e reparação da estrutura, fica mais simples. A estação flutuante de captação de águas da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), que fica ao lado do local afetado pela erosão, terá que ser remanejada para outro local do rio.

Dois dias após do desabamento, no dia 30 de outubro, uma equipe da Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul) vistoriou o local e constatou que o solapamento e rompimento das estruturas de concreto foi provocado pela força da água, em um trecho crítico por conta da grande quantidade de embarcações. 

No projeto para recuperação, será feito o furo de sondagem, que irá analisar o tipo de terreno para indicar a melhor solução de engenharia. Há necessidade de nova contratação para os reparos devido a obra do dique ter sido feita há oito anos e já ter passado o período de garantia da empreiteira, que era de cinco.

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