30/03/2020 às 08h14min - Atualizada em 30/03/2020 às 08h14min

Ministério Público quer que Governador de Minas Gerais explique 'flexibilização' da quarentena

Ofício do Ministério Público pediu ''que eventuais mudanças'' nas restrições devido ao novo coronavírus sejam informadas

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Zema admite avaliar a abertura de alguns setores do comércio (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

O desejo do governador Romeu Zema de iniciar esta semana estudos “para ver o que é possível fazer para reativar alguns setores” da economia acendeu o alerta no Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG). Por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde, o órgão enviou, neste domingo (29/03), ofício ao secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva, solicitando ser informado de qualquer mudança nas medidas propostas pelo estado para a restrição do convívio social, cujo objetivo é conter a propagação da Covid-19.

No documento, que conta com nove assinaturas, o MPMG solicita que, “antes da implementação de eventuais mudanças, estas sejam informadas, assim como consideradas e apresentadas ao Ministério Público”.

Os promotores querem saber em primeira mão a "avaliação dos cenários conforme a flexibilização das regras de convívio social apontando a estimativa de número de casos, mortes e quantitativo de leitos de UTI a serem utilizados em comparação com a manutenção das regras atuais; e normas, medidas de orientação e de fiscalização sanitária para as atividades econômicas e outras que venham a ter seu funcionamento autorizado”.

 

Esperando resposta em 24 horas, o documento prossegue: “A nosso aviso, a flexibilização das regras de restrição do convívio social merece redobrada cautela no momento atual, haja vista a reconhecida subnotificação de casos confirmados, que é decorrente, entre outros fatores, do uso restrito dos testes para Covid-19 para pacientes graves e profissionais de saúde, assim como das limitações de capacidade do laboratório da Funed para processar todos os exames encaminhados, o que tem gerado grande represamento”.

Procurada pela reportagem, via telefones celulares da assessoria de imprensa e por e-mail, a Secretaria de Estado da Saúde ainda não se pronunciou sobre o assunto.


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