15/12/2020 às 17h28min - Atualizada em 15/12/2020 às 17h28min

Senadora Simone Tebet disputará a presidência do Senado

Senadora cogitou a disputa em 2019, mas desistiu da candidatura para apoiar Alcolumbre

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) já comunicou ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e ao líder do MDB na Casa, Eduardo Braga (AM) que é candidata à presidência do Senado. 

Se eleita, ela será a primeira mulher a comandar a Casa. Publicidade [Botão para controlar o volume da publicidade]Há dois anos, na votação que elegeu Alcolumbre, Tebet também era candidata mas retirou a candidatura e declarou apoio a Alcolumbre diante da insistência do seu partido em manter o nome do senador Renan Calheiros (AL), que sofria grande resistência entre os senadores. 

Tebet terá o mesmo desafio de 2019, o de romper as resistências dentro do próprio partido, que tem a maior bancada no Senado e deve defender a tradição de ter a prerrogativa da cadeira da presidência, rompida na eleição de Alcolumbre. 

Já se movimentam para a presidência dentro do MDB o líder da bancada, Eduardo Braga, e os líderes do governo Eduardo Gomes (TO), aliado de Calheiros, e Fernando Bezerra Coelho (PE). A bancada se reúne nesta quarta-feira (16) para tentar um acordo em torno de um nome. Há dois anos, Tebet perdeu a indicação dentro do partido para Calheiros e lançou candidatura avulsa.PUBLICIDADEAlcolumbre ainda não declarou apoio a nenhum senador. Em 2019, ele fez um discurso importante em favor de Tebet:

"Vossa Excelência poderia estar aqui e seria uma honra para todos nós ter Vossa Excelência candidata e presidente dessa Casa. Vossa Excelência lutou uma gerra dentro do partido, foi uma gigante, uma guerreira, uma brasileira. Vossa Excelência não conseguiu dentro da sua bancada. Simone, se você ganhasse no MDB eu não estaria aqui. Faça um gesto, você está gigante, o Brasil te respeita, pela luta e pela coragem. Vamos defender o Brasil e a integridade dessa Casa". 

Em 2019, a disputa foi tão acirrada que houve briga em plenário (entre Renan Calheiros e Tasso Jereissati, do PSDB) e roubo de pasta (pela senadora Kátia Abreu diante da iminente vitória de Alcolumbre). A expectativa dos senadores é que, apesar de acirradas, as eleições de fevereiro de 2021 sejam mais tranquilas.

 


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