03/02/2021 às 07h11min - Atualizada em 03/02/2021 às 07h11min

Cristiana e Viviane são exemplos de que mulher pode atuar em qualquer setor e ser bem-sucedida

Ambas são mães, uma é casada e outra solteira; cada uma teve sua motivação para começar na profissão

Seja a mulher que você quer ser! Essa frase nunca fez tanto sentido, entretanto, mesmo em tempos de modernidade, muitas mulheres se sentem oprimidas, até mesmo em expor suas opiniões. 

No campo profissional, as mulheres vêm ganhando destaque nas mais diversas áreas e, nesta reportagem, o TopMídiaNews traz o exemplo de duas personalidades que atuam com serviços na área de construção civil e reparos. São elas: a encanadora Viviane Aparecida da Silva, 42 anos, e a pintora Cristiana Barbosa da Silva Sales, 45 anos. 

As duas moram em Campo Grande. Viviane no Bairro Vivendas do Parque e Cristiana no Bairro Jardim Tarumã. 

Ambas são mães, uma é casada e outra solteira. Cada uma teve sua motivação para começar na profissão.

"Ninguém acreditava"

Viviane relembra as dificuldades e o momento em que decidiu que seria encanadora. “O começo foi difícil, ninguém acreditava. Estava no fim do primeiro casamento e com dois filhos pequenos, sem muita opção de emprego na época”, relembra. 

“Uma empresa deu oportunidades para mulheres trabalharem na construção civil. No primeiro dia, após o horário de almoço, o mestre me chamou e perguntou se eu sabia o que era um joelho de 90 graus soldável. Ali, ele me ensinou o que eu deveria fazer. Após esse dia, comecei a montar as hidráulicas das casas pré-moldadas”. 

Depois disso, Viviane fez curso de segurança privada, mas descobriu que não era o queria pra sua vida.

“Entrei em outras duas empresas, mas não era o que eu buscava. Eu queria ser a patroa” (risos). E foi exatamente com essa determinação que fez Viviane conseguir clientes e se manter firme durante os 12 anos de profissão. 

“Hoje eu tenho uma clientela gigante. Tenho muito medo, pois quero atender a todos, mas respeito tanto meus encanamentos que tem horas que os clientes não entendem quando o serviço não ocorre no tempo determinado”, revela. 

Já Cristiana ou Cris como é conhecida pelos clientes, sempre soube que queria ser pintora. 

“Sempre gostei, estou há 27 anos no ramo, faço com maior prazer, nunca tive dúvidas de que faria isso.  Sempre trabalhei no boca a boca por indicação, agora estou postando mais nas redes sociais, fazendo anúncio, mas o boca a boca é o melhor, não adianta distribuir cartão se a pessoa não conhece o serviço, chegar em uma porta e falar que sou pintora, muitos desacreditam”, revela. 

Dificuldades 

Ser mulher no ramo de construção civil e reparos não é fácil e as meninas contam que já enfrentaram algumas situações de cair no choro. 

“Logo no começo eu fui atender uma casa e tinha todas minhas máquinas já, um senhor de idade me olhou de cima a baixo e disse que eu poderia ir embora, pois ele achou que eu não iria resolver o problema. Como sou obediente, juntei e fui, claro que as lágrimas rolaram, porém a cada rejeição chegavam nos clientes, e isso só me motivou a querer fazer sempre o melhor”, pontua Viviane. 

“Já recebi olhares no começo, não foi fácil, agora mudou e está mais tranquilo, tem mais aceitação”, afirma Cris.

Realização  

Mesmo diante das dificuldades, desistir nunca foi opção para ambas as mulheres, que são exemplos de força, coragem e determinação. 

Hoje, anos após o início de carreira, elas garantem que estão realizadas em suas profissões. 

“Conquistei meu espaço. Conquistei meus clientes, Sou feliz e realizada hoje. Posso dizer venci e estou vencendo cada dia mais, amo minha profissão”, finaliza Viviane. 

“Estou feliz, é muito gratificante (receber elogio) após um serviço. É reconhecimento”, esclarece Cris.

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