05/03/2021 às 07h46min - Atualizada em 05/03/2021 às 07h46min

Ciclista amputado, Gilvan já pedalou mais de 1700 km só em 2021

No ciclismo há apenas um ano, Gilvan já está se preparando para o Bonito Adventure de Mountain Bike 2021

O ciclista Gilvan, de 37 anos, faz trilhas com o grupo de pedal Canela de Fogo

Todo mundo que pedala sabe que o mundo da bike é aventureiro, unido e apaixonante. Ao entrar nesse mundo, o ciclista amputado Gilvan Pereira da Silva, de 37 anos, enfrentou dificuldades, mas se adaptou como um atleta.

Gilvan, que é autônomo, pedala há um ano. Apesar do pouco tempo de experiência, já pedalou 1700 quilômetros nos meses de janeiro e fevereiro desse ano. “Já fui para Terenos, Rochedinho... Eu conheço quase todas as trilhas”, relata.

Se sua história com o pedal é recente, o acidente que o amputou já tem mais de 10 anos. “Perdi a perna em um acidente de moto no dia 20 de agosto de 2010. Cheguei na Santa Casa com a Pressão 6 por 5, praticamente sem vida. Graças a Deus foi a perna, e não a vida”.

Hoje, Gilvan se vê como exemplo de superação no esporte e espera inspirar novos ciclistas. “No início, foi difícil, mas logo tive muito fortalecimento na perna e fui conseguindo. Eu espero que as pessoas pensem também: ‘Nossa, se ele consegue, por que não posso fazer também?’”.

O autônomo pedala cinco dias por semana. (Foto: Reginaldo Araújo)

O autônomo pedala cinco dias por semana. (Foto: Reginaldo Araújo)

O autônomo pedala cinco dias por semana. (Foto: Reginaldo Araújo)
Gilvan está se preparando para campeonato em Bonito. (Foto: Reginaldo Araújo)

Gilvan está se preparando para campeonato em Bonito. (Foto: Reginaldo Araújo)

Gilvan está se preparando para campeonato em Bonito. (Foto: Reginaldo Araújo)
Com a bicicleta aro 29, o ciclista faz trilhas por Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo Pessoal)

Com a bicicleta aro 29, o ciclista faz trilhas por Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo Pessoal)

Com a bicicleta aro 29, o ciclista faz trilhas por Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo Pessoal)
O ciclista pedala cinco dias na semana. (Foto: Arquivo Pessoal)

O ciclista pedala cinco dias na semana. (Foto: Arquivo Pessoal)

O ciclista pedala cinco dias na semana. (Foto: Arquivo Pessoal)

O autônomo pedala cinco vezes na semana, segunda, quarta, sexta, sábado e domingo. Ele também participa do Grupo de Pedal Canela de Fogo, que começou com três pessoas e hoje integra mais de 30 participantes.

O ciclista está se preparando para o campeonato Bonito Adventure de Mountain Bike (MTB) 2021, famosa competição regional que disputa o formato maratona (longa distância), em estilo off-road.

Quem encontra Gilvan numa trilha durante o final de semana até o Posto da PRF ou fazendo percursos até Rochedinho, não imagina como ele começou iniciante no esporte.  “Comecei em uma bicicleta aro 26, uma bem simples, que vira e mexe dava problema. Quebrava catraca, corrente, até pedal quebrava fácil”.

A primeira bicicleta que Gilvan tinha, uma modesta Aro 26. (Foto: Arquivo pessoal)

A primeira bicicleta que Gilvan tinha, uma modesta Aro 26. (Foto: Arquivo pessoal)

A primeira bicicleta que Gilvan tinha, uma modesta Aro 26. (Foto: Arquivo pessoal)
Grupo Canela de Fogo, do qual Gilvan faz parte, já possui mais de 30 integrantes. (Foto: Arquivo Pessoal)

Grupo Canela de Fogo, do qual Gilvan faz parte, já possui mais de 30 integrantes. (Foto: Arquivo Pessoal)

Grupo Canela de Fogo, do qual Gilvan faz parte, já possui mais de 30 integrantes. (Foto: Arquivo Pessoal)

Apesar das bikes terem um preço razoavelmente elevado, o ciclista contou com a amizade para quebrar barreiras. “Meu grupo se mobilizou e um amigo arrumou 150 reais em produtos da Boticário para fazer uma rifa. Em menos de 15 dias, já estavam com o dinheiro da bike. Compraram uma aro 29 pra mim, uma Caloy Explorer, muito boa”.

Além das boas amizades e da aventura, o autônomo ganhou também mais saúde. “Tenho muita disposição para fazer coisas simples do dia a dia, como limpar a casa; não me canso tão fácil”. Gilvan hoje tem até canal no YouTube para mostrar as belezas dos passeios e as brincadeiras dos percursos, incluindo até dancinhas descontraídas.


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