07/07/2021 às 10h37min - Atualizada em 07/07/2021 às 10h37min

Geada atinge 30% da lavoura de milho e causa perda de 2,7 milhões de toneladas em MS

Tempo severo atingiu cidades do cone sul do estado no fim de junho

Lavoura de milho atingida pela geada no município de Fátima do Sul. FOTO: WASHINGTON LIMA / FÁTIMA EM DIA

A geada que atingiu o cone sul de Mato Grosso do Sul entre os dias 27 de junho e 1º de julho causou perdas de produtividade na 2ª safra de milho estimadas em 2,7 milhões de toneladas, conforme expectativa da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho. A condição climática afetou região que corresponde a 30% da área produtiva do Estado.

Dessa forma, o volume de produção do milho, que tinha expectativa de colheita equivalente a 8,2 milhões de toneladas, agora não deve passar das 6,2 milhões de toneladas. Já a produtividade, que era esperada próxima de 68,7 sacas por hectare, segundo o SIGA (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), deve ser de aproximadamente de 52,3 sacas por hectare.

“Foi realmente uma grande geada, que atingiu todo o Conesul e algumas regiões centrais, onde há muito tempo não se tinha relatos de ocorrência de geadas no estado. Os danos foram muito severos e irão impactar de maneira muito significativa para toda sociedade. É hora do produtor avaliar sua lavoura minuciosamente e salvar o máximo de milho possível, com foco em aproveitar, de alguma forma, o que restou da lavoura. Não podemos deixar de lado nossas obrigações e temos que honrar os contratos firmados, para não gerar um colapso nos acordos comerciais. Agora é preciso fazer uma colheita cautelosa, a fim de minimizar os prejuízos”, aponta o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.

Tempo severo

O fim de junho teve o frio mais intenso dos últimos anos em MS, com temperaturas de -3ºC em Bela Vista, por exemplo. A sensação térmica chegou a -11ºC.


Fátima do Sul foi uma das cidades que registrou geada  - Foto: Washington Lima

Assim, várias lavouras do cone sul registraram geadas como Fátima do Sul, Dourados, Rio Brilhante, Amambai e Ponta Porã, por exemplo.

As condições se agravaram em todo o estado devido aos efeitos climáticos de estiagem, granizo e geada. Mato Grosso do Sul possui em boas condições 1% de suas lavouras, 38% em estado regular e 61% em estado ruim.

Estima-se que a área afetada no estado é de 604,4 mil hectares, o equivalente a 30% da área produtora do estado.


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