27/07/2021 às 08h31min - Atualizada em 27/07/2021 às 08h31min

Caso do Dj Ivis e a violência contra as mulheres, por Omar Suleiman

Caso do Dj Ivis traz à tona o debate sobre a violência contra as mulheres.

A cada minuto, 25 (vinte e cinco) mulheres são vítimas de violência doméstica no Brasil, segundo dados oferecidos pela IPEC, o que nos torna um dos países mais violentos do mundo para mulheres.

O assunto voltou a ser discutido em nível nacional após Pamella Holanda, mulher do DJ Ivis, denunciar as agressões sofridas por ele reiteradas vezes, inclusive na presença da filha recém nascida do ex casal.

Apesar da recente denúncia, as agressões já ocorriam desde o começo da gravidez de Pamella, perdurando até pouco tempo atrás, inclusive com relatos e vídeos das agressões na frente de terceiros, que nada faziam para impedir tamanha barbárie.

Infelizmente essa é a realidade de muitas mulheres no nosso país, que diariamente enfrentam o monstro da violência doméstica. Esses agressores por vezes se aproveitam da dependência emocional e financeira dessas mulheres, fazendo promessas de melhora no comportamento, o que raras vezes ocorre.

Com o quadro pandêmico que estamos vivenciando, a violência doméstica aumentou ainda mais as estatísticas já tão assustadoras por si só. O confinamento e o aumento do desemprego fizeram com que as vítimas passassem ainda mais tempo com seus agressores, de forma que os ataques se tornaram ainda mais frequentes e, consequentemente, o feminicídio também.

Ainda, a diminuição da fonte de renda familiar, altos níveis de estresse, aumento do consumo de álcool, isolamento social, confinamento com o agressor e dificuldade em contatar serviços de apoio e proteção à mulher podem ser listados como atos cruciais para o aumento dos números de violência doméstica.

Dia 25 de novembro é o Dia Internacional de Combate à violência contra a Mulher. Em que se pese ser uma data reflexiva, é também um dia de mobilização e debate acerca desta violência motivada por questões de gênero.
Políticas públicas de acolhimento às vítimas e preparação de agentes especificamente para o recebimento e reconhecimento dessas vítimas se fazem de extrema importância.

A Central de Atendimento à Mulher pode ser acionada pelo número 180, funcionando 24 horas por dia. A ligação é gratuita.

Não se cale. Denuncie.

 


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