24/09/2021 às 09h51min - Atualizada em 24/09/2021 às 09h51min

Ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja, continua foragido

O ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja, continua foragido. A defesa estaria negociando a apresentação. Ele, secretário e empresários foram alvo da Operação Dark Money, feita pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), nesta quarta-feira (22).

Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, o advogado de Maurílio, Rodrigo Dalpiaz, estaria negociando a sua apresentação à polícia ainda nesta quinta-feira (23), mas o horário para que o ex-prefeito vá até a sede do Dracco não foi definido. Os presos durante a operação estão Campo Grande, onde foram ouvidos.

Seis pessoas foram presas temporariamente. Os presos são: Lenilso Carvalho Antunes, o ex-secretário de finanças do município, Daiana Cristina Kuhn, que já foi secretária municipal de administração, Iasmin Cristaldo Cardoso, que atuou como diretora do Departamento de Tesouraria, Pedro Emerson Amaral Pinto – empresário dono da Tapeçaria Lobo e Fernando Martinelli Sartori, que atuou como assessor especial de gabinete.

Durante a operação, foi apreendido um barco com carretinha, discos rígidos e foi feito bloqueio de diversas contas bancárias, tanto de pessoas físicas como jurídicas. Ao todo, foram R$ 109 mil apreendidos em cheques e R$ 143 em espécie. Armas e joias também foram apreendidas.

Operação

Conforme noticiou o Dourados Agora, Equipes do DRACCO, com o suporte técnico do LAB-LD - LABORATÓRIO DE LAVAGEM DE DINHEIRO, unidade especializada do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, constataram que foi criada uma conta bancária de fachada, diversa da oficial e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de um ano.

A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de 23 milhões de reais, a empresas, sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos.

Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação jurídica com a prefeitura (licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira). Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas, operações legais que devem ser observadas pelos entes públicos.


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