A falta de saneamento básico foi responsável pela internação de 6.319 pessoas em Mato Grosso do Sul em 2019.
A incidência de internações foi de 22,74 casos por 10 mil habitantes.
Dados são do estudo Saneamento e Doenças de Veiculação Hídrica – ano base 2019, do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta terça-feira (5).
O estudo foi feito a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e o Datasus, portal do Ministério da Saúde que acompanha os registros de internações, óbitos e outras ocorrências relacionadas à saúde da população.
Conforme o Estudo, 85,9% da população de Mato Grosso do Sul.
Já com acesso à coleta de esgoto, 52% tem acesso. Do volume de esgoto coletado, apenas 44,8% é tratado.
Ainda segundo o estudo, a falta de acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário causam problemas de saúde, que levam a internações e mortes.
Entre as doenças de veiculação hídrica, estão as diarreicas, dengue, leptospirose, esquistossomose e malária.
A incidência de mortes é de 0,194 por 100 mil habitantes no Estado.
Em todo o Brasil, foram 273.403 internações, que resultaram em um custo de R$ 180 milhões ao País.
No mesmo ano, a falta de acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário levaram a 2.734 mortes, uma média de 7,4 mortes por dia.
Em 2020, devido à pandemia de Covid-19, os hospitais se tornaram locais quase que exclusivamente para o tratamento da doença desde março de 2020.
Conforme o Trata Brasil, dados preliminares do estudo do ano passado, o país estima ter registrado 174 mil internações por doenças de veiculação hídrica, como diarreias, dengue, leptospirose, esquistossomose e malária, uma redução de 35% comparativamente com 2019.
Os óbitos por doenças de veiculação estão estimados em 1,9 mil, uma redução também de 30 a 35% comparativamente com o ano anterior.
“Os dados deixam claro que qualquer melhoria no acesso da população à água potável, coleta e tratamento de esgotos traz grandes ganhos à saúde pública. Por outro lado, o não avanço faz perpetuar essas doenças e mortes de brasileiros por não contar com a infraestrutura mais elementar. São hospitalizações que poderiam estar sendo destinadas a doenças mais complexas”, afirmou o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.