Aloísio Henrique Ribeiro de Andrade foi atrás de apenas setenta centavos para completar as moedas na compra de um refrigerante. Depois de quase três horas, voltou para sua barraca nas margens da Avenida Paulista, coração de São Paulo, com R$ 100. Um dia lucrativo, mas, muito mais do que isso, cheio de história e lembrança, que envolve o técnico Cuca e a chegada do Atlético-MG para enfrentar o Palmeiras.
Era uma segunda-feira comum para Aloísio, em frente ao MASP, onde dorme em uma das diversas barracas. Comum até às 15h. Ele avistou um estranho com a camisa do Atlético, o único torcedor uniformizado que foi recepcionar o Galo no hotel localizado no bairro da Consolação. Pediu os 70 centavos, ficou curioso com o destino do atleticano e o seguiu. Bom de papo, carregando o livro "Jogador nº 1" de Ernest Cline debaixo do braço. No fundo, no fundo, o refrigerante não interessava mais. Aloísio só queria um cigarro.