O prêmio era R$ 50, para ajudar no bolso. Valia jogar três partidas no sábado, outras três no domingo. O fim de semana era de muito "baba" na periferia de Salvador. Foi assim que surgiu um dos heróis imortais do Atlético-MG, alçado ao panteão logo na sua cidade natal, no estádio apenas 6 km de distância de onde nasceu.
Natural de Salvador, Keno foi descoberto tarde, jogava na várzea nos campos do bairro de São Caetano, na capital baiana. Edson Neto, seu empresário (que esteve na Arena Fonte Nova), o descobriu por indicação de um amigo. Jogaram juntos, como rivais. Então, Keno construiu uma trajetória que vai desde o América de Propriá, do Sergipe (só foi registrado) até ser campeão brasileiro pelo Atlético-MG, fazendo dois gols da virada contra o Bahia, no jogo do título.
- Eu sou um torcedor do Atlético. Não sou apenas um jogador. São 50 anos sem esse título, era muita coisa. Agora é só festejar.