01/03/2014 às 10h51min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

Presidiária foge depois de polícia descobrir que atestado de trabalho era falso

Mulher conseguiu com amiga uma declaração de que estaria fazendo expediente como babá

Correio Do Estado
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Foto: Divulgação/Polícia Civil
Márcia Aparecida Arena está foragida

Com o objetivo de garantir o direito de sair do Presídio Feminino de Três Lagoas (MS), onde cumpria pena por tráfico de drogas, Márcia Aparecida Arena, 48 anos, apresentou à Justiça um atestado falso de trabalho emitido por Michella Cardoso Ferreira de Barros, 35 anos.

No documento, com a firma reconhecida em cartório, Michella declara que a presidiária trabalha em sua casa como babá de segunda-feira a sábado, bem como domingos e feriados, das 8h às 18h. O documento foi anexado aos autos de execução penal.

O falso atestado foi encaminhado pelo juiz, a 1ª Delegacia de Polícia Civil para que fosse investigado. O delegado responsável pelo caso, Paulo Souza, encaminhou o documento para exame grafotécnico que comprovou ser de Michella a assinatura. “Ela e a detenta foram ouvidas e entraram em contradição quanto as datas e horários de trabalho”, explica o delegado.

“Nós instauramos um inquérito policial para apurar os fatos e diante das provas indiciamos a Michella por falsidade ideológica, previsto no artigo 299 do Código Penal e Márcia pelo crime de uso de documento falso, previsto no artigo 304, também do Código Penal e ambas vão responder as acusações na justiça criminal”, explicou o delegado.

Ele advertiu que “as pessoas dão os atestados de trabalho para um amigo, amiga, visando ajudá-lo, mas devem saber que no documento devem constar fatos verdadeiros, caso sejam falsos, ambas as pessoas, a que deu o atestado e a que fez uso dele, vão responder a processo criminal, podendo ser inclusive ser condenadas e até presas. As penas para o crime de falsidade ideológica nesse caso e para o crime de uso de documento falso é de 1 a 3 anos de reclusão além da multa”, finaliza.

Márcia está foragida do Presídio Feminino de Três Lagoas desde janeiro do ano passado. A polícia pede que quem tiver informações sobre o paradeiro da acusada pode entrar em contato com a Polícia Civil pelo telefone 67 3919-1500, ou ainda com a Polícia Militar através do número 190. 

Fonte: Polícia Civil


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