O prefeito de Fátima do Sul, Eronivaldo da Silva Vasconcelos Júnior, acusou, em nota oficial, seu assessor O.R.J (Osvaldo Ribeiro Júnior) - que teria feito ‘‘confisão parcial’’ - como responsável pela criação dos perfis falsos no Facebook e anunciou que o demitiu, apesar de admitir que “o modus operandis ainda não foi de todo esclarecido”.
O servidor deverá ser ouvido na polícia, que havia recebido denúncia do prefeito sobre possível clonagem dos telefones, está fazendo as investigações. Ele deverá explicar como fez para se utilizar das linhas telefônicas particulares não só de Júnior Vasconcelos, como também dos familiares, a exemplo da esposa e pai do prefeito.
Apesar de ter denunciado a suposta clonagem e pedindo providências à polícia, o prefeito informa em sua nota que “(...) com a agilidade que o caso demanda, e com o objetivo de prestar contas aos cidadãos de nosso município (...) conseguimos, após algumas entrevistas, identificar o nome por detrás do falso perfil”.
Em sua nota, diz também que ‘‘diversos elementos, aliados à uma parcial confissão, dão conta de que seria o servidor O. R. J., o responsável pela utilização da rede wii-fi da prefeitura, e de diversas outras particulares, inclusive a minha, para fazer publicações sob a alcunha "Fátima de Souza”.
Estranhamente, essa mesma agilidade não foi adotada para descobrir quem utilizou um veículo alugado pela prefeitura para fazer compras em Pedro Juan Caballero, Paraguai, fronteira com Ponta Porã.
O acusado aparece como proprietário do domínio (registro) do Siliganews.com.br, conforme o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponta BR - NIC.BR. O site, que divulga constatemente matérias favoráveis à administração de Júnior Vasconcelos, chegou a publicar reportagem sobre a denúncia do prefeito à polícia sobre a suposta clonagem de suas linhas telefônicas. No caso, o assessor estaria ‘‘denunciando’’ ele próprio.
Júnior Vasconcelos se diz "triste" com a decisão de demitir o servidor - que atacou inúmeras pessoas com postagens agressivas - e justificou os ataques do assessor: “Tenho certeza que ao agir, o servidor pensou estar atuando em defesa do município, já que pelos diálogos captados, visava ele combater outros perfis falsos que atacavam a Administração Pública”.
O ocorrido, a cada hora surpreende a população, com um fato novo, ou defesa nova?
Muito oportuno ao prefeito, que seu amigo de longa data assuma o fato, mas será que a versão se sustenta? Ou será que tal servidor é tão intimo que detenha a posse do celular do prefeito, da esposa do secretário de educação do município, que acesse internet da casa do sogro do prefeito? Parece inverossimil.
Resta agora a Polícia Federal investigar o crime para esclarecer melhor as contradições do caso.
