Com quase 50 anos de carreira no cinema nacional, José de Abreu revelou no Twitter, nesta terça-feira (25), ter ficado recentemente de fora de um filme por causa de suas posições políticas.
“Eu acabo de ser vítima de censura ideológica. Fui tirado de um filme por ser de esquerda! Aguardem novidades do Novo Brasil!”, desabafou o ator.
Petista e militante político, Zé contou ainda que nunca sofreu com a censura desde o fim do regime militar no país. “Pela primeira vez na vida sou censurado quando a censura é proibida no Brasil”, escreveu o veterano, sem citar o nome do filme do qual foi desligado. Mais tarde, em um post que intrigou os seguidores, Abreu afirmou que poderá barrar a produção na Justiça.
O ator vem recebendo diversas mensagens de apoio dos fãs, que sugeriram até mesmo um boicote ao filme. “Minha solidariedade, Zé. Na mente dessas pessoas, não existiu nenhum clássico italiano, francês ou cinema novo brasileiro. Eram todos de esquerda”, escreveu um seguidor. “Sinto muito pela perseguição ideológica e pela censura. Eles é que estão perdendo!”, opinou outro.
Na tarde desta quarta-feira (26), José de Abreu também comentou sobre a decisão do deputado federal Sóstenes Cavalcante e do pastor Silas Malafaia de pressionar o Ministério da Cultura a reabrir o processo que investiga irregulares na prestação da peça “Fala, Zé”. Segundo o ator, essa “perseguição” é um escândalo nacional.
Vale lembrar que, em 2016, Zé foi obrigado pelo MinC a devolver R$ 300 mil capitados via Lei Rouanet para a turnê do espetáculo.
