30/05/2017 às 10h18min - Atualizada em 30/05/2017 às 10h18min

Escolas amanhecem fechadas e Governo pede três meses de prazo para atender pedido de servidores

A categoria vai recusar o pedido do governador e cogita iniciar greve por tempo indeterminado em Mato Grosso do Sul

O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli confirmou que mais de 80% das escolas da rede estadual amanheceram com portões fechados nesta terça-feira (30). Ele destaca que a categoria cogita o início de greve por tempo indeterminado, já que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pediu mais três meses de prazo para atender as reivindicações.

"Nós conversamos como secretário de administração Carlos Alberto Assis, mas nenhuma resposta foi enviada pelo governador. Ele pediu um prazo até agosto, mas é muito tempo, já esperamos tanto tempo e continuar esperando é complicado. Fizemos essa paralisação para chamar a atenção do governo, vamos sentar com a categoria para dialogar sobre o início de  uma greve. Mais de 80% das escolas estão fechadas, algumas acabam furando a paralisação, mas temos certeza que mais de 80% aderiram a paralisação", explica o presidente.

Um total de 20 mil servidores da educação 'cruzaram os  braços' e exige o cumprimento do reajuste do piso salarial nacional de 7,64%  em Mato Grosso do Sul.  "Nós tentamos conversar diversas vezes com o governador, que já demonstrou que não vai atender nosso pedindo. Ele alega que não tem recurso para atender o direito dos servidores".

 Questionado sobre as afirmações de Azambuja, que alega não ter condições de atender as solicitações feitas, Botareli destaca que os servidores estão sendo punidos por 'crimes' que não cometeram, levando em consideração os escândalos que ganharam destaque nacional, envolvendo desvio de recurso por políticos.

"Não foi a categoria que errou, os servidores não podem ser punidos, por crimes cometidos com caixa dois por políticos, eles erraram e não a categoria. Todos prestaram seus serviços dignamente, os servidores foram os únicos que não colocaram a mão no dinheiro público desviado e agora tem que arcar com as contas, isso não é justo", diz o presidente.

Botareli destaca que a categoria deve se reunir nos próximos dias para tomar uma atitude e a maioria já sinalizou, que o próximo passo será o início de greve por tempo indeterminado.


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