13/07/2017 às 14h33min - Atualizada em 13/07/2017 às 14h33min

Homem que amarrou e degolou casal para roubar é condenado a 57 anos de prisão em MS

Com o trabalho, ele passou a conhecer a rotina da família e começou a planejar o roubo.

Corpos só foram descobertos três dias após o crime (Foto: Fernando Antunes/ arquivo)

O trabalhador braçal Willian de Souza Nogueira, 28 anos, foi condenado a 57 anos de prisão por ter matado o médico Abner Rodrigues da Silva, 74 anos, e a mulher dele, Irene Barbosa Soares, 52 anos. O crime foi cometido no dia 15 de setembro de 2015 em Jaraguari, a 44 quilômetros da Capital. As vítimas foram amarradas e degoladas durante assalto.

Segundo informações passadas pela Polícia Civil na época do homicídio, o réu fazia bicos na fazenda onde as vítimas moravam, recebendo normalmente uma diária de R$ 80 para limpar uma área de eucaliptos.

Quarto onde estava um dos corpos (Foto: Fernando Antunes / arquivo)

Quarto onde estava um dos corpos (Foto: Fernando Antunes / arquivo)

Quarto onde estava um dos corpos (Foto: Fernando Antunes / arquivo)

Com o trabalho, ele passou a conhecer a rotina da família e começou a planejar o roubo. Contudo, ele só criou coragem enquanto bebia em um bar. Na ocasião, ele cobriu a cabeça com uma camiseta e foi até a residência onde Abner e Irene estavam. Armado com uma faca, ele anunciou o assalto. O médico, contudo, reagiu e descobriu o rosto do suspeito.

Encurralado, uma vez que o casal o reconheceu, ele amarrou cada um em um cômodo da residência. A mulher foi assassinada primeiro. Em seguida, exigiu que Abner lhe desse dinheiro, cartão e a senha para sacar dinheiro, tendo sido atendido pela vítima.

Depois de conseguir o que queria, cortou o pescoço do homem e fugiu na caminhonete do casal até São Gabriel do Oeste, onde viviam a ex e o filho pequeno. Ao chegar naquele município, encontrou o cunhado Lucas do Nascimento e o levou até um posto de combustíveis onde abasteceu R$ 100 e comprou R$ 30 em cervejas.

Após consumirem as bebidas, Willian voltou até Jaraguari e deixou o carro na garagem das vítimas. No dia seguinte, ele percebeu que não havia qualquer movimentação policial na residência, pois ninguém havia descoberto o crime.

Então ele aproveitou para dar mais um passeio com a caminhonete a São Gabriel, comprando mais R$ 35 com o dinheiro roubado, tendo retornado novamente para a fazenda de Abner, abandonando definitivamente o veículo.

O réu decidiu então fugir para Campo Grande, onde foi abrigado por parentes. Três dias após o homicídio, as vítimas foram encontradas.

Ao saber do caso, com medo de ser descoberto, Willian fugiu até um matagal ás margens da MS-040. Investigadores monitoraram a família e flagraram quando o acusado entrou em contato pedindo ajuda, descobriram o local em que ele estava e o prenderam.

Willian confessou o crime, mas alterou a versão dos fatos várias vezes durante os autos. Na última, ele disse que Abner devia dinheiro a ele e lhe entregou o cartão e o dinheiro como pagamento, história classificada como “absurda” pelo juiz Vitor Dias Zampieri, que emitiu a decisão.


Link
Notícias Relacionadas »