05/10/2017 às 07h46min - Atualizada em 05/10/2017 às 07h46min

Cesare Battisti foi preso em táxi boliviano com dinheiro não declarado

PRF prendeu italiano na tarde desta quarta

- MÍDIA MAX

O terrorista italiano Cesare Battisti, preso nesta quarta-feira (4), em Corumbá, na fronteira do Brasil com a Bolívia, estava em um táxi boliviano com mais duas pessoas. De acordo com a Polícia Federal, o italiano condenado à prisão perpétua foi detido pelo crime de evasão de divisas, pois levava quantia em dinheiro não declarado.

Em nota, a PF confirmou que Battisti foi preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e depois encaminhado para a delegacia da PF. O terrorista tentava deixar o Brasil em um táxi do país vizinho.

Battisti foi preso com de US$ 5 mil (cerca de R$ 16 mil) e 2 mil euros (R$ 7,3 mil). A corporação não revelou a identidade das outras duas pessoas que estavam no táxi com ele.

Pelo crime de evasão de divisas, o estrangeiro pode ser condenado até 1 ano e 4 meses.

Battisti

Cesare, hoje aos 62 anos, foi condenado pela justiça italiana em 1987 por terrorismo, com restrição de luz solar, pelo suposto envolvimento em quatro homicídios, além de assaltos e outros delitos menores. É considerado terrorista pelo Estado italiano, embora o delito de terrorismo não seja tipificado na legislação italiana.

Depois da condenação, Battista, que também é ativista de extrema esquerda, integrante do PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), viveu na França, país que negou, por duas vezes, pedidos de extradição feitos pela Itália. Pouco depois de 2004, o terrorista fugiu para o Brasil e o STF autorizou o procedimento em 2009.

Em razão da extradição ser autorizada apenas mediante decreto, em dezembro de 2009 o então presidente Lula (PT) decidiu pela não extradição de Cesare, que na época estava detido no Complexo Penitenciário da Papuda. A soltura dele veio por meio de decisão do STF em junho de 2011. Desde então, ele vivia em liberdade no Brasil.


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