20/03/2024 às 08h53min - Atualizada em 20/03/2024 às 08h53min

Fora do debate no PSDB local, Geraldo critica 'fulanização' na eleição em Dourados

A poucos meses da definição dos nomes às eleições municipais, o deputado federal Geraldo Resende voltou a afirmar que mantém a pré-candidatura para concorrer à prefeitura de Dourados.

Em visita ao Dourados News na tarde de sexta-feira (15/3), ele questionou a forma como a direção municipal do PSDB tem conduzido a escolha do próximo candidato e criticou o que chamou de ‘fulanização’ do pleito no maior colégio eleitoral do interior sul-mato-grossense. 

O relato ocorre no mesmo dia que a alta cúpula tucana se encontra no município para a filiação do radialista Marçal Filho. O evento acontece a partir das 19h na Seleta, no Jardim Flórida.

Sem citar o nome de correligionários, Geraldo disse ter sido deixado de fora do debate na cidade desde que o diretório municipal sofreu intervenção, no ano passado. 

Na ocasião, o deputado estadual Zé Teixeira assumiu o comando em Dourados e foi um dos principais responsáveis pelo retorno de Marçal ao partido, dois anos após o radialista se filiar ao Progressistas. 

“Desde julho do ano passado eu não participei de reuniões do partido. Mesmo porque sofreu uma intervenção, que eu me posicionei e sempre deixei claro que não achei a forma mais adequada, mas depois eu jamais fui chamado para qualquer reunião”, contou Geraldo. 

Sobre o processo de escolha no ‘ninho tucano’, o deputado disse manter-se em busca de espaço como uma pré-candidatura de ‘resistência’, ainda questionando a forma como o debate interno tem sido realizado.

“Estou colocando meu nome como uma forma de verificar como vai se conduzir o processo aqui em Dourados. Qual a forma que vai ser escolhido o candidato ou a candidata dentro do meu partido. Espero ser convencido que o candidato ‘A, B ou C’ tenha possibilidade de vitória nessas eleições. Não acredito na ‘fulanização’ de uma campanha eleitoral. Fulano contra Beltrano, [é um tipo de] política rasteira e apequenada, que eu não quero que seja reproduzida na cidade”, disse. 

Na opinião do parlamentar, até o momento as conversas dentro de Dourados vêm ocorrendo nominalmente, não com apresentação de propostas e discussão com a sociedade. 

“Eu tento, com essa pré-candidatura de resistência, tentar ver se há espaço para esse debate. Se não houver, logicamente ficarei incomodado, mas me retiro tranquilamente se a política ficar nesse patamar”, afirmou, continuando em seguida: “tudo isso [apresentação de ideias] é preciso para o debate. Quero ser prefeito ou prefeita para enfrentar a violência? Então estou propondo esse projeto (...) lembrando da educação, da assistência social (...) Falta discutir a sociedade e o projeto que ela quer”, contou. 

Geraldo foi candidato a prefeito pelo PSDB em 2016 e acabou na segunda posição. Na ocasião, ele somou 40.149 votos e ficou atrás de Délia Razuk, vencedora do pleito com 43.252.


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