A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou que a Energisa teste novos modelos tarifários em Mato Grosso do Sul com o objetivo de aprimorar o setor. Chamadas de sandboxes tarifários, essas permissões temporárias possibilitam que as empresas de energia experimentem diferentes modelos de tarifa em um ambiente controlado com o objetivo de diminuir a inadimplência. 

Segundo o Concen-MS (Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS), os testes fazem parte de projeto da Energisa e devem ser aplicados por tempo determinado. A proposta sugere uma modalidade de faturamento fixo, sujeita a ajustes periódicos. 

Esse modelo beneficiaria consumidores residenciais de baixa tensão, oferecendo maior previsibilidade nos gastos com energia elétrica e, assim, contribuindo para a redução da inadimplência. A proposta inclui ajustes nas leituras de consumo, que serão realizadas mensalmente e semestralmente.

Para a presidente do Concen-MS, Rosimeire Costa, a iniciativa é positiva para os consumidores. Entre as possibilidades dos sandboxes tarifários estão a cobrança de energia elétrica na modalidade pré-paga.

Quem pode participar dos testes

Até o momento, a possibilidade é que o piloto envolva 15 amostras com até 461 unidades consumidoras cada, totalizando entre 4,9 mil e 6,9 mil unidades consumidoras em Mato Grosso do Sul. 

A participação será voluntária e o projeto terá duração de 36 meses, com fase de campo de 18 meses onde ocorrerão as leituras e ajustes. No entanto, as localidades específicas onde o teste será realizado ainda não foram definidas pela concessionária.

Vantagens

“Nós esperamos resultados favoráveis na modalidade de pré-pagamento, que já vem sendo analisada, com exemplos positivos em países vizinhos, como na Colômbia”, avalia a presidente do Concen-MS.

“Hoje, pelo medidor existente, você não sabe quanta energia consome diariamente. No pré-pagamento o consumidor consegue se organizar melhor, controlar o consumo, sabe quanto está gastando e quando será preciso comprar mais energia. É um método semelhante ao da telefonia, que o brasileiro já está acostumado”, finaliza Rosimeire.