Um 2º sargento do Corpo de Bombeiros acabou preso no dia 24 deste mês em Rio Brilhante, a 158 quilômetros de Campo Grande, depois de um desentendimento com seu superior na troca de turno dos militares. O sargento é acusado de xingar o superior.

O militar foi solto na manhã desta quarta-feira (26) após audiência de custódia. A confusão aconteceu por volta das 8h45 da manhã quando estava acontecendo a troca de turno, no batalhão. No momento da troca de turno, estavam militares de uma guarnição deixando o serviço no pátio falando sobre o problema de uma viatura.

O sargento estava no pátio e teria começado a falar com os outros bombeiros sobre o que havia ocorrido. Ele teria pedido a atenção de todos e dito que quando ocorresse o problema era para avisar por WhatsApp, no momento em que a viatura tivesse causado alteração.

Logo em seguida, quando o sargento falava, o seu subtenente saiu questionando o militar sobre o que ele estava dizendo. Como não foi respondido, foi questionado de novo pelo subtenente que avisou que o sargento não tinha permissão para falar, já que estava como adjunto. Assim, teria o xingado, dizendo: “quer saber vai tomar no r*”. Em seguida, virou as costas e saiu. 

Neste momento, ele recebeu voz de prisão pelo desrespeito. Duas testemunhas disseram não terem ouvido o xingamento, e que o sargento resmungou algo em tom baixo e saiu. Já outras duas testemunhas relataram terem ouvido o bombeiro desferir o xingamento.

Em sua defesa, o sargento disse que virou as costas para o subtenente, pois se sentiu humilhado na frente dos outros militares e que o subtenente estava com tom de voz alto e ameaçador. O sargento ainda falou que foi tomado pela emoção ao virar as costas e sair do pátio. 

O Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria do Corpo de Bombeiros para saber da situação do militar, mas até o fechamento da matéria não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

O Midiamax também entrou em contato com a defesa do bombeiro, e de acordo com o advogado  Patrick Hammarstrom, “São vários pontos divergentes que serão apurados no decorrer do processo”, disse.

Em nota, a defesa relatou que o militar tem comportamento excepcional, “ostenta em suas alterações pessoais relevantes notas que corroboram para com a figura de um agente público dedicado e íntegro para com o serviço, possuindo diversos elogios individuais e coletivos.” Ainda de acordo com a nota, a defesa fala do desgaste dos militares.

“Por fim, momento oportuno para refletir sobre tamanho desgaste psíquico suportado pelos militares estaduais nos últimos anos, considerando o baixo quantitativo de efetivo, aumento de unidades operacionais no Estado sem compensação própria de recursos humanos e aumento de missões operacionais em que são empenhados sem prejuízo de sua escala ordinária.”.

(Matéria editada às 10h34 para acréscimo de posicionamento da defesa do militar)