17/11/2015 às 15h27min - Atualizada em 17/11/2015 às 15h27min

A pedido de André, Justiça adia encontro de ex-governador com Bernal

- Mídia Max

A pedido de André Puccinelli, a Justiça adiou o encontro do ex-governador com o prefeito Alcides Bernal (PP), que seria realizado na tarde desta terça-feira (17). Adversários políticos, os dois iriam se encontrar frente a frente em audiência no Tribunal de Justiça. Tudo porque o primeiro teria chamado o segundo de ladrão, em 2014.

Porém, Puccinelli pediu o adiamento por conta de compromisso de seu advogado Paulo Tadeu Haendchen, que atua em outro processo onde já havia sido designado julgamento para mesma data e horário também no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. A audiência com Bernal foi designada em 23 de setembro, e a outra já tinha sido em junho de 2014.

Com isso, a juíza Elisabeth Rosa Baisch, da 3ª Vara do Juizado Especial Central de Campo deferiu o pedido e redesignou a audiência para a tarde de oito de março de 2016, com a presença obrigatória de ambos e de seus respectivos advogados.

Entenda o caso

Segundo a denúncia, feita pelo prefeito, no dia 23 de março do ano passado, dias depois de Bernal ter sido cassado pela Câmara, Puccinelli disse, em uma agenda pública em Dourados, que o então ex-prefeito era “ladrão” e “montou uma quadrilha para roubar a prefeitura”.

Como à época Puccinelli era governador, Bernal apresentou queixa-crime por injúria e calúnia contra ele ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), onde o caso tramitou até o começo de 2015. O mandato do peemedebista terminou sem análise da ação, ele perdeu prerrogativa de foro privilegiado e ela foi remetida à Justiça em Campo Grande que, por sua vez, entendeu se tratar de questão a ser julgada pelo Juizado Especial Criminal.

Esta instância judicial é o antigo ‘pequenas causas’. É destinada a infrações penais de menor potencial ofensivo, aquelas com pena máxima não superior a dois anos.

Desde a cassação, Bernal propaga a tese de golpe político, dizendo que o ato da Câmara foi arquitetado sob coordenação de Puccinelli. Atualmente, vereadores e empresários são investigados sob suspeita de esquema de corrupção executado para cassar o prefeito.


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