23/03/2017 às 15h16min - Atualizada em 23/03/2017 às 15h16min

Projeto quer revendedores de bebidas em "long neck" recolherem embalagens em MS

Os revendedores de bebidas em embalagens de vidro do tipo long neck em Mato Grosso do Sul poderão ser obrigados a recolherem e darem a destinação final correta ao produto, caso o Projeto de Lei (PL) apresentado na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (23) seja aprovado.

A justificativa é que a embalagem do tipo long neck é um dos resíduos mais nocivos para a natureza, ao lado da garrafa do tipo pet, e que quando destinada de forma inadequada aos aterros sanitários "causam grandes impactos ambientais de longo prazo".

O Ministério do Meio Ambiente estima que o vidro demore mais de 1.000 anos para se decompor.

A proposta determina que todos os estabelecimentos que vendam as bebidas em long neck diretamente para o consumo no local, sejam responsáveis pelo recolhimento, deixando locais visíveis nos pontos de venda para que seja feito o depósito da embalagem também por parte do consumidor. Supermercados e hipermercados também deverão cumprir a mesma norma.

Por sua vez, os fabricantes serão obrigados a recolherem as garrafas long necks dos estabelecimentos e ficam autorizadas a firmarem termo de cooperação com empresas de reciclagem públicas ou privadas para atender a nova lei, caso esse projeto seja aprovado.

O não cumprimento da norma acarretará ao estabelecimento e/ou fabricante infrator uma multa de dez Unidades Fiscais de Mato Grosso do Sul (Uferms), o equivalente a R$ 247,40 nos valores de referência a março de 2017. Ao consumidor fica facultado o depósito dos vasilhames nos locais disponíveis nos estabelecimentos.

A fiscalização e aplicação de multas ficarão de responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar. O Poder Público ficará autorizado a celebrar acordos de parcerias entre cooperativas populares de economia solidária e empresas especializadas para o cumprimento da nova lei. Os locais terão 60 dias para se adequarem, caso o projeto se torne lei. Agora a proposta segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), antes de ser votada em primeira discussão no plenário.


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