Movimento nacional sobre volta do horário de verão, como forma de impactar positivamente nos negócios e retomada de um dos setores mais prejudicados pela pandemia de Covid-19, ganha respaldo da Abrasel-MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).
A medida foi extinta pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2019 e a volta da 'hora a mais' durante o dia é vista com resistência por parte do deputado federal de Mato Grosso do Sul Luiz Ovando (PSL), que, naquele ano, foi um dos que encampou a ideia.
"Seria de grande ajuda após a forte queda de faturamento sofrida pelo nosso setor, durante a pandemia”, afirmou o presidente Juliano Battistel Kamm Wertheimer, da Abrasel de MS. Ofício assinado por associações de várias estados do País, inclusive a do Estado, foi enviada ao governo federal.
O dirigente cita fala do presidente da Abrasel nacional, Paulo Solmucci, que, além do favorecimento ao setor produtivo, comenta sobre economia de energia elétrica que o horário de verão pode proporcionar. "Mesmo que pequena, qualquer economia nos dias de hoje, nos parece muito importante", diante da preocupação com a crise hídrica.
Médico, o deputado federal Luiz Ovando afirma que horário de verão não impacta em economia. "Eu fui contra o horário de verão, uma das primeiras ações foi apresentar projeto de lei. Não havia confirmação de economia". Para ele, o que aumenta consumo, e consequente retomada da economia, são 'oportunidades e eficiência de serviços'.
Contudo, apesar da posição contrária atualmente, o parlamentar disse que pode mudar de ideia, caso os setores que propõem a volta da hora mais no dia provarem que há ganhos previstos. "Não sou irredutível. Se tiver comprovação, mudo de ideia. Precisamos resolver a questão da pandemia. Até agora não vi nada de consistente [sobre requerimento para retomada do horário de verão]".
Recentemente, Bolsonaro se posicionou contra o horário de verão, dizendo que não há ganho e que a maioria da população seria contra, pois muda o relógio biológico.
