O ex-prefeito de Maracaju Maurílio Azambuja (MDB), acusado de desvio de R$ 23 milhões dos cofres públicos da cidade, conseguiu o benefício de cumprir prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Ele estava preso em Campo Grande e, após decisão da Justiça ontem (29), vai para casa.
A prisão temporária foi convertida após pedido da defesa, que alegou o fato de Maurílio ser idoso e possuir comorbidades.
O ex-prefeito se apresentou na sede do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) na noite de sexta-feira (24), após ficar dois dias foragido.
Ele foi um dos alvos da Operação Dark Money, que prendeu outras sete pessoas por envolvimento no crime de desvio de dinheiro. O ex-prefeito negou todas as acusações e teria dito que deu “autonomia” aos secretários sem saber sobre o desvio de dinheiro. Ele chegou a dizer que “pensava que os cheques assinados” por ele eram enviados para uma conta reserva, destinada ao pagamento dos funcionários.
Ontem (28), o total de servidores públicos de Maracaju foram ouvidos pelo DRACCO na condição de testemunha. São servidores ligados à Secretaria de Administração e Fazenda do Município, disse a delega da responsável Ana Cláudia Medina.
Os policiais civis buscam elucidar desvio de recurso de verbas públicas entre novembro de 2019 a dezembro de 2020. Conforme informado pela delegada, os elementos colhidos reforçam que uma conta em nome da prefeitura foi aberta e escondida dos órgãos de controle interno e externo.