09/02/2022 às 11h15min - Atualizada em 09/02/2022 às 11h15min

Vereador de Dourados acusado de agredir noiva não será afastado durante apuração de quebra do decoro

O vereador Diogo Castilho (DEM), denunciado à Justiça por agressão contra a ex-noiva, não será afastado do cargo ao longo dos 90 dias de trabalho da comissão processante instaurada na Câmara de Dourados segunda-feira (7) para apurar suposta quebra de decoro parlamentar. 

Ao Dourados News, a assessoria de imprensa da Casa de Leis informou que o novo pedido de cassação, desta vez protocolizado pelo advogado Felipe Azuma, não incluiu o pleito pelo afastamento do democrata. 

 
 
 
 
 

No final de 2021, depois de ser preso por violência doméstica, Diogo Castilho foi alvo de outra comissão processante a partir de denúncia de quebra de decoro parlamentar oferecida pelo advogado Daniel Ribas. À ocasião, chegou a ser afastado e substituído pelo suplente, mas toda a apuração feita no âmbito do Legislativo municipal acabou anulada antes de desfecho por decisão judicial.

Agora, o novo pedido de cassação é embasado no inquérito policial e na denúncia de lesão corporal na forma qualificada e ameaça, oferecida pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) em processo que tramita na 4ª Vara Criminal da comarca.

Autor desse requerimento protocolizado dia 28 de janeiro, o advogado Felipe Azuma representa a ex-noiva do vereador e assegura ter sido “cabalmente demonstrada a justa-causa para instauração de comissão processante, no contexto que as condutas (atos ilícitos) descritas, sem sombra de dúvidas, desvelam práticas absolutamente repugnantes e indecorosas, incompatíveis com a função parlamentar, cabendo a esta Câmara e Legislatura a apreciação definitiva sobre o tema”. 

A comissão processante instaurada nas segunda-feira é presidida pelo vereador Daniel Junior (Patriota). A relatoria ficou com a vereadora Daniela Hall (PSD) e o vereador Elias Ishy (PT) é membro.

Julgamento justo

Responsável pela defesa do vereador Diogo Castilho na processante do ano passado, o advogado Wander Medeiros falou ao Dourados News no dia 3 de fevereiro, quando foi noticiado o novo pedido de cassação, e assegurou que tanto no processo criminal quanto na apuração de quebra de decoro feita pela Câmara, tudo que o parlamentar espera é um julgamento justo, sem perseguição política ou exposição pública da figura dele por conta do trabalho que ele está desempenhando na sociedade. 

“A partir do momento que ele se predispõe a defender os interesses sociais da população e das pessoas que elegeram ele isso incomoda muita gente e as pessoas começam a arrumar razões para poder ataca-lo de todos os lados. Basicamente o que o Diogo espera é um julgamento justo, sem antecipação do julgamento, sem excessos de nenhuma parte”, garantiu o advogado.


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